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Empresas & Negócios

- Publicada em 13 de Fevereiro de 2017 às 13:45

Setor esportivo quer retomada

Atletas divulgaram novos uniformes da Nike para as Olimpíadas 2016

Atletas divulgaram novos uniformes da Nike para as Olimpíadas 2016


NIKE/DIVULGAÇÃO/JC
Os dois maiores eventos esportivos do calendário mundial - Copa do Mundo e Olimpíada - não conseguiram evitar que o segmento de vestuário e calçados esportivos no Brasil sofresse uma goleada da recessão. Em 2014, ano do mundial de futebol, o setor registrou R$ 25,46 bilhões em vendas no País - bem acima dos R$ 19,50 bilhões registrados em 2011 - resultado de um ritmo de crescimento anual que beirava 10%, segundo dados da consultoria Euromonitor. De lá para cá, a trajetória é de queda.
Os dois maiores eventos esportivos do calendário mundial - Copa do Mundo e Olimpíada - não conseguiram evitar que o segmento de vestuário e calçados esportivos no Brasil sofresse uma goleada da recessão. Em 2014, ano do mundial de futebol, o setor registrou R$ 25,46 bilhões em vendas no País - bem acima dos R$ 19,50 bilhões registrados em 2011 - resultado de um ritmo de crescimento anual que beirava 10%, segundo dados da consultoria Euromonitor. De lá para cá, a trajetória é de queda.
A previsão para este ano é de retomada da taxa positiva, com um tímido avanço de 1,3% - ante um tombo de 6,5% em 2016. Se a estimativa se confirmar, baterá R$ 23,39 bilhões em vendas em 2017, patamar similar ao de 2013. Desempenho como o de 2014, porém, só deve ser registrado em 2020. "A crise se sobrepõe mesmo a eventos como Copa do Mundo e Olimpíada. Em maio de 2015, o varejo travou, afetando todos os segmentos. As empresas frearam ou suspenderam investimentos. No segmento de artigos esportivos, as vendas de vestuário e calçados são 80% do negócio. Neste início de ano, já há estimativa de retomada", diz Marcelo Prado, sócio-diretor da Iemi - Inteligência de Mercado.
Na prática, o encolhimento das cifras reflete a guinada no comportamento do consumidor devido à crise: freio no consumo e opção por itens de maior custo benefício, continua Prado. Isso fez com que as marcas precisassem rever suas estratégias. Lojas foram fechadas, investimentos em marketing foram encurtados.
Há pouco tempo, a Nike, líder nesse mercado no Brasil, fechou sua loja de Ipanema, no Rio de Janeiro. A unidade integrava o seleto grupo de lojas de experiência da marca no mundo. Antes, já fechara a loja do Plaza Shopping Niterói. A decisão da Nike está na direção correta, avalia Ana Paula Tozzi, diretora executiva da AGR Consultores. "De modo geral, com freio no consumo, não há grandes investimentos em mídia, novas lojas e expansão nesse momento. Loja conceito é loja de prejuízo. Com os altos custos de mão de obra e do ponto de venda no Brasil, é negócio que não se banca. Funciona como um projeto de marketing."
Ter menos lojas não significa, necessariamente, que a Nike está encolhendo. Ao contrário. A participação de mercado da companhia - que estava entre as patrocinadoras da Rio 2016 - cresce a cada ano no País. Com o freio no segmento esportivo, embora a fatia da Nike cresça, as receitas caíram. No ano fiscal encerrado em maio de 2016, porém, a receita da Nike em mercados emergentes subiu 13%. Em Argentina, Uruguai e Chile, saltou 32%. No México, o avanço foi de 31%; em Austrália e Nova Zelândia, de 27%. Coube ao Brasil a única taxa negativa, de -5%, justificada pela adversidade econômica.
"É um momento ruim do mercado, mas o varejo esportivo tem todo o espaço para crescer no Brasil. O segmento se apresenta mais maduro, mais competitivo. O consumidor vê oportunidades em mais marcas", afirma Ana Paula. A Adidas, outra gigante do segmento, e a brasileira Olympikus, da Vulcabrás, são exemplos dessas tendências. As vendas da companhia alemã na América Latina cresceram 14% de janeiro a setembro de 2016 ante igual período de 2015 em moedas locais. Em euros, houve recuo de 8%. As receitas das marcas Adidas e Reebok subiram com taxas de dois dígitos em todos os grandes mercados do grupo. No Brasil, ficou pouco abaixo de 10%.
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