A ex-mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), Susana Neves Cabral, deixou, na tarde desta quinta-feira, a sede da Polícia Federal, na capital fluminense, onde foi levada por condução coercitiva para prestar depoimento. Ela é suspeita de ser beneficiária do esquema de corrupção comandado pelo ex-marido e investigado na Operação Eficiência, deflagrada nesta quinta-feira como um dos desdobramentos da Lava Jato no Rio de Janeiro.
Susana passou cerca de duas horas na sede da Polícia Federal, onde chegou logo depois das 10h da manhã e saiu pouco antes do meio-dia. Mais cedo, o advogado de Susana, Sérgio Riera, disse que sua cliente não tem qualquer envolvimento com o esquema de corrupção que seria capitaneado por Cabral. E que o filho dela com o ex-governador, Marco Antônio Cabral, também não está envolvido.
"Ela se surpreendeu, porque não recebeu, em nenhum momento, intimação para prestar depoimento. Curiosamente optaram pelo instrumento da condução coercitiva. Acho isso uma violência", declarou o advogado.
A operação deflagrada nesta quinta-feira apura a ocultação de mais de US$ 100 milhões no exterior por Sérgio Cabral, detido no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste da capital fluminense. A ex-mulher e Maurício Cabral, irmão do ex-governador, estão entre os alvos das investigações na condição de beneficiários dos recursos ilícitos.