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Política

- Publicada em 24 de Janeiro de 2017 às 21:40

Saúde não terá todos os recursos previstos em lei

Secretário prioriza planejamento para atender demandas de saúde

Secretário prioriza planejamento para atender demandas de saúde


JONATHAN HECKLER/JC
Bruna Suptitz
À frente da Secretaria Municipal de Saúde, o médico de família e comunidade Erno Harzheim prevê que não terá à disposição todos os recursos previstos na Lei Orçamentária Anual. Os dados levantados pelo secretário sobre a pasta foram remetidos à Fazenda e ajudarão a compor o balanço que o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) apresenta nesta quarta-feira (25), sobre a situação financeira do município.
À frente da Secretaria Municipal de Saúde, o médico de família e comunidade Erno Harzheim prevê que não terá à disposição todos os recursos previstos na Lei Orçamentária Anual. Os dados levantados pelo secretário sobre a pasta foram remetidos à Fazenda e ajudarão a compor o balanço que o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) apresenta nesta quarta-feira (25), sobre a situação financeira do município.
Paralelo a este trabalho de diagnóstico da secretaria, Harzheim aposta no planejamento de ações para atender as propostas feitas pelo prefeito na campanha, como a abertura de oito postos de saúde até as 22h. "Estamos avançados nesse planejamento, com ideia de abrir mais de uma (unidade) esse ano", informou, sem precisar quando será.
Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, o secretário também se posiciona sobre o combate à violência que atinge regiões próximas a unidades de saúde na Capital, afetando o atendimento à população. "O mais importante é o Estado se fazer presente nessas regiões. Vamos apresentar propostas mais ambiciosas ao longo do ano."
Jornal do Comércio - Está confirmado o orçamento da Secretaria da Saúde para esse ano?
Erno Harzheim - Estamos fazendo uma grande revisão. Já passei para a Secretaria da Fazenda todas as informações e o que temos de indicação é que não teremos à disposição todos os recursos que estão na lei orçamentária.
JC - O que já identificaram do trabalho, qual demanda com mais urgência ou projeto em andamento?
Harzheim - Nesse início da gestão temos processos principais. Primeiro é seguir as determinações do prefeito, que emitiu uma série de ordens de serviço que visam fazer um diagnóstico da situação de cada secretaria e de suas ações frente à situação global das finanças do município. Segundo é fazer o diagnóstico da secretaria quanto a estrutura e propor alterações para tornar os processos mais eficientes e com mais capacidade de resposta às necessidades de saúde da população. Terceiro é finalizar o planejamento das nossas ações para a gestão para os próximos quatro anos. Essas são as prioridades do ponto de vista organizativo. Concomitante a isso, nos esforçamos para implantar as principais propostas da campanha do prefeito Marchezan: a abertura de uma unidade básica de saúde até as 22h em cada gerência distrital, chegando ao número de oito unidades na cidade. Estamos avançados nesse planejamento, com ideia de abrir mais de uma esse ano, talvez apenas duas, mas mais de uma devemos conseguir entregar. Também vamos trabalhar na integração dos sistemas, facilitar o fluxo da informação entre os serviços próprios da secretaria e os serviços contratados e estimular o uso de ferramentas como o Telessaúde.
JC - Existe previsão de quando haverá postos até 22h?
Harzheim - Ainda não. Não consigo adiantar nada disso.
JC - Quando o planejamento deve ser apresentado?
Harzheim - Na saúde tem um movimento próprio que é o Plano Municipal de Saúde. Em 2017 temos que fazer o plano que vai guiar as ações de cada ano, de 2018 a 2021. Cada Plano Municipal de Saúde inicia no segundo ano de uma gestão e avança no primeiro ano da próxima, justamente para ter uma continuidade. Ele deve estar finalizado no final de abril e é debatido internamente pelas áreas técnicas da secretaria, com os conselhos distritais de saúde e com o conselho municipal de saúde.
JC - Qual a defasagem hoje de equipes de Saúde da Família?
Harzheim - Temos 228 equipes de saúde da família habilitadas no Ministério da Saúde, com uma falta em torno de 18 profissionais médicos, para uma cobertura de aproximadamente 50% da população da cidade. Estamos recebendo oito profissionais do Mais Médicos, que vão diminuir um pouco essa ausência, mas não no todo. Importante ressaltar que a qualificação da atenção primária à saúde é o grande mote da atual gestão. O que pretendemos deixar como marca adicional às propostas de campanha é aumentar a qualidade e a resolutividade das unidades básicas de saúde, para as pessoas receberem a maior parte dos serviços que elas precisam perto de suas casas.
JC - Vai se buscar trabalho conjunto com a Secretaria de Segurança para minimizar a violência nos postos de saúde?
Harzheim - Estive na semana passada em reunião do conselho distrital de saúde da Glória/Cruzeiro/Cristal e um dos principais temas em debate foi esse. O próprio conselho tem um conjunto de reivindicações para aumentar a segurança e eu disse que eram insuficientes e vão muito na direção de mecanismos de segurança: monitorização por câmeras, presença da Guarda Municipal e da Brigada Militar. São ações importantes, mas o mais importante é o Estado se fazer presente nessas regiões, e o Estado não é só a saúde, nem só a segurança, nem a saúde mais a segurança. Já tivemos conversas nesse sentido no gabinete do prefeito, com a presença de mais de uma secretaria. Vamos apresentar propostas mais ambiciosas ao longo do ano. Quando o Estado e a população ocupam os espaços com maior incidência desses eventos, não são outros que ocupam.
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