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Política

- Publicada em 16 de Janeiro de 2017 às 19:13

Rolls Royce fecha acordo para pagar multa de R$ 83 milhões

A Rolls Royce anunciou ontem, em Londres, que fechou um acordo com o Ministério Público Federal (MPF) brasileiro pelo qual pagará uma multa de US$ 25,6 milhões, o equivalente a cerca de R$ 83 milhões, para encerrar duas investigações contra o grupo britânico. A empresa fabrica turbinas para gerar eletricidade, usadas pela Petrobras em plataformas de petróleo.
A Rolls Royce anunciou ontem, em Londres, que fechou um acordo com o Ministério Público Federal (MPF) brasileiro pelo qual pagará uma multa de US$ 25,6 milhões, o equivalente a cerca de R$ 83 milhões, para encerrar duas investigações contra o grupo britânico. A empresa fabrica turbinas para gerar eletricidade, usadas pela Petrobras em plataformas de petróleo.
Dois delatores da Operação Lava Jato haviam contado em seus acordos que receberam ou repassaram propina da Rolls Royce para que a empresa conquistasse contratos na Petrobras: o ex-gerente da estatal Pedro Barusco e o lobista Julio Faerman.
Barusco relatou à Polícia Federal, em novembro de 2014, que recebeu "pelo menos" US$ 200 mil para que a Rolls Royce fechasse um contrato de US$ 100 milhões. O contrato, no caso, era para o fornecimento de módulos de geração de energia para plataformas.
Levantamento feito pela Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que os contratos da Rolls Royce com a estatal tinham um valor muito maior do que o montante citado por Barusco: o negócio com os geradores, fechado em 2011, era de US$ 650 milhões.
O outro delator, Faerman, confessou que fez pagamentos ilícitos como representante da Rolls Royce junto à Petrobras. Faerman era considerado um dos maiores lobistas da Petrobras. Além da Rolls Royce, ele representava a empresa holandesa SBM. Segundo Faerman, a empresa pagou US$ 139 milhões em propina para funcionários da estatal para fechar contratos que somam US$ 27 bilhões.
A SBM fechou um acordo de leniência, uma espécie de delação para empresas, no qual se comprometeu a pagar US$ 149,2 milhões à Petrobras e abater outros US$ 179 milhões que a estatal deveria pagar nos próximos 14 anos. O acordo, no entanto, não foi homologado pela Câmara de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal.
Procuradores que integram o órgão concluíram que a empresa só citou no acordo fatos que os investigadores da Lava Jato já conheciam, não trazendo nenhuma novidade para a apuração.
 
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