O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), tomou posse do cargo, na tarde de ontem, determinando corte de gastos e cargos comissionados na estrutura municipal. Em seu discurso, agradeceu o eleitorado evangélico por sua vitória e citou o tio, bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal.
Crivella impôs como meta, em edição extra do "Diário Oficial", a redução de 50% no gasto com cargos comissionados (CCs)e de 25% nos contratos em vigor. O novo prefeito também criou um grupo para identificar casos de supersalários no município.
"As chamadas mordomias são uns dos símbolos mais execráveis de abuso do poder público. Nesse momento de grave crise, é preciso enfrentar essa questão", afirmou em discurso na Câmara Municipal. Crivella determinou também a auditoria nos gastos dos últimos oito meses de seu antecessor no cargo, Eduardo Paes (PMDB).
O objetivo é avaliar se decisões administrativas tomadas pelo peemedebista geraram custos continuados para a nova gestão, o que é vedado por lei.
Ao mencionar o eleitorado evangélico, Crivella disse que, "segundo os institutos de pesquisa, 90% desses eleitores votaram em mim. Nem nos meus mais otimistas sonhos imaginava isso", afirmou ele, que é bispo licenciado da Universal.
O prefeito também citou uma frase do líder da igreja, Edir Macedo, sobre a família. "Deus é pai, filho e Espírito Santo. Deus é família."