Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 12 de Janeiro de 2017 às 18:28

Sinais positivos reforçam o otimismo para 2017

Se ficou a impressão de que o ano passado foi ruim para o Brasil, por outro lado é recorrente o otimismo para este 2017 que se inicia.
Se ficou a impressão de que o ano passado foi ruim para o Brasil, por outro lado é recorrente o otimismo para este 2017 que se inicia.
As previsões apontavam que, neste ano, ainda que de forma tímida, ocorreria a retomada do crescimento e da geração de empregos. Também projetavam que a inflação iria para o centro da meta, os juros iriam cair e a confiança seria, definitivamente, reforçada, desencadeando um ciclo de decisões e iniciativas que estavam suspensas e que, uma vez postas em prática, ajudariam a fazer girar a roda da economia.
De fato, muitas dessas assertivas já podem sair do tempo condicional, pois começaram a se realizar. A inflação de 2016, anunciada na quarta-feira, confirmou uma queda superior à prevista, fechando em 6,29%, abaixo do teto da meta de 6,5%.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central baixou os juros. Mas não como previa o mercado - surpreendeu a todos e promoveu um corte 0,75 ponto percentual, algo que não acontecia desde 2012. Com isso, a taxa Selic foi para 13%.
Ninguém é ingênuo para acreditar que, bastou virar a folha do calendário, para que tudo se arrumasse e que passássemos a viver agora em um mundo onde tudo está ótimo. As dificuldades do País são imensas, a economia ainda está paralisada, e o desemprego, que atinge 12,1 milhões de brasileiros, deve crescer nesse primeiro semestre.
Para piorar, temos uma legião de pessoas desassistidas em um momento em que o poder público - União, estados e municípios - está em crise financeira.
Entretanto nada acontece de uma hora para outra, e esses sinais positivos devem, sim, ser valorizados. O ano começou com alguns balanços de 2016 que, embora devam ser relativizados, mostram coisas boas. O superávit da balança comercial, por exemplo, foi recorde. Teve influência da queda de importações, mas, de toda forma, garantiu um saldo de US$ 47,6 bilhões.
Na terça-feira dessa semana, outra bela notícia: a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelou que a safra brasileira de grãos deve chegar a 215,3 milhões de toneladas neste ano, mais um recorde. Que deve ser celebrado, pois o agronegócio é uma das molas propulsoras do crescimento do Brasil.
E boas novas atraem outras iniciativas. Ontem, por exemplo, o secretário do Programa de Parceria em Investimentos do governo federal, Moreira Franco (PMDB), destacou que a queda dos juros vai ajudar a destravar as concessões no setor de infraestrutura em 2017, aumentando as possibilidades de realização de leilões no setor.
Estão previstos 34 leilões até o ano que vem - o programa de concessões inclui rodovias, ferrovias, terminais portuários, mineração, geração e distribuição de energia e saneamento.
Finalmente, os efeitos da Operação Lava Jato também já foram absorvidos por algumas das grandes empresas do País envolvidas nos desvios. Reorganizadas, estão pagando multas, vendendo ativos, planejando suas finanças e, logo, voltarão a investir em novos empreendimentos.
O caso emblemático é da Petrobras, que segue com seu plano de venda de ativos e vai focar suas atividades no setor do petróleo. A empresa teve valorização destacada no ano passado na Bolsa de Valores, captou US$ 4 bilhões no mercado internacional e está se reestruturando. É fundamental que volte a produzir e destrave iniciativas que beneficiam toda a cadeia - o polo naval de Rio Grande é um dos casos, que aguarda novas encomendas para retomar a contratação de trabalhadores.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO