Dia após dia, fatos novos quantificam valores obtidos desonestamente, utilizados em campanhas políticas para os mais altos cargos do País. Que as investigações em andamento tenham vida longa e punição exemplar! O indivíduo que é imoral possui conhecimento das regras da moral (do latim moralis - comportamento aceitável na sociedade), mas ainda assim pratica atos que são repelidos pela sociedade onde vive.
O recebimento de apoio financeiro com registro não isenta a origem fétida dos valores. Os candidatos que assim recebem, por tal ato já se mostram desqualificados para o exercício de mandato em nome do povo. A contribuição privada traz consigo o interesse pontual e perverso de quem "generosamente" o faz. E, quando faz, logo ali adiante vai buscar de volta o capital aplicado com alta remuneração.
A imoralidade legalizada no Brasil é um mal que deve ser repelido por cada um de nós ao longo de cada dia. Acima do bem de todos paira o interesse mesquinho, egoísta e malcheiroso de quem dá e de quem recebe. A contribuição privada deve, sim, imperiosamente, ser impedida para uso em financiamento de campanhas eleitorais.
O candidato eleito já chega na cadeira do plenário ou do Executivo com cheiro de sapato pisado em cocô de gato... No Poder Executivo, assim eleito, a praxe é a entrega de cargos e funções, independentemente de conhecimento e preparo, na razão direta do apoio e das estapafúrdias coligações. Leigos e despreparados para a responsabilidade que lhes é outorgada, causam verdadeira devastação onde exercem sua "liderança", tal qual erva daninha na lavoura.
O publicitário Ciro Pellicano escreveu, com ironia, o que hoje é verdade absoluta: "A maior contribuição que muitos políticos podem dar ao Brasil é perder as eleições". Até quando a frondosa árvore Brasil terá seiva suficiente para alimentar tal tipo de gente?
Engenheiro