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Opinião

- Publicada em 06 de Janeiro de 2017 às 16:01

O desastre no raio x

Passados seis meses da queda de Dilma Rousseff (PT), as consequências do episódio dão os primeiros passos: relatos e análises isentos de emoções e partidarismo começam a aparecer à luz de números e versões equilibradas. É o que se vê neste primeiro livro retrospectivo, a obra Anatomia de um desastre. Obra de cunho jornalístico, escrito a seis mãos por três dos mais categorizados profissionais da imprensa econômica, Cláudia Safatle, diretora do diário Valor Econômico; João Borges, comentarista da Globonews; e Ribamar de Oliveira, colunista e repórter do mesmo Valor.
Passados seis meses da queda de Dilma Rousseff (PT), as consequências do episódio dão os primeiros passos: relatos e análises isentos de emoções e partidarismo começam a aparecer à luz de números e versões equilibradas. É o que se vê neste primeiro livro retrospectivo, a obra Anatomia de um desastre. Obra de cunho jornalístico, escrito a seis mãos por três dos mais categorizados profissionais da imprensa econômica, Cláudia Safatle, diretora do diário Valor Econômico; João Borges, comentarista da Globonews; e Ribamar de Oliveira, colunista e repórter do mesmo Valor.
Do livro emana credibilidade: nem um pingo de opinião, zero ideologia, só informação. As conclusões ficam por conta do leitor. Por exemplo: tenho de concordar que estamos na mais longa recessão do Brasil. Isto se depreende de uma passada de olhos na série histórica das variações do PIB de 1901 até hoje. Somente no grande confisco do ex-presidente Collor, em 1990, e na grande maxidesvalorização de 1981 tivemos um crescimento negativo ligeiramente maior que na gestão petista, entretanto, por tempo menor, logo recuperado.
Com Dilma, o Brasil afundou e não para de cair desde 2013. Também se entende, lendo o livro, que o desastre se produziu pela incompetência de dois gestores medíocres da economia, a dupla gaúcha Dilma e Arno Augustin, este, reincidente no fracasso, pois foi o secretário da Fazenda do mau governo de Olívio Dutra (PT, 1999-2002).
É criteriosa a conclusão: desde o Plano Real, a economia brasileira vinha se recuperando da chamada Década Perdida. Primeiro, com Fernando Henrique (PSDB), e, depois, mesmo com o governo petista, Lula mantinha aquela política, embora caindo pouco a pouco no populismo. Entretanto, em 2013, a coisa desandou quando Dilma dá todos os poderes a Augustin e ela própria assume o comando da política econômica. Era a DS no poder.
Despreparados, impregnados por ideologias juvenis de seus tempos de militantes nos anos 1970, os dois atiraram a sexta economia do mundo num atoleiro. Foi como chamar dois motoristas amadores de fusca e mandá-los dirigir uma jamanta. Todos viram onde iríamos parar. Até mesmo cabeças lúcidas do PT se conformaram com retirar os dois motoristas tresloucados da direção. Será difícil retirar o Brasil do precipício.
Senador
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