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Opinião

- Publicada em 04 de Janeiro de 2017 às 21:20

Gaúchos voltam em peso às praias do Litoral Norte

Desde meados de novembro, como é tradicional, a busca pelas praias do Litoral Norte do Rio Grande do Sul passou a ser um programa de milhares, nos fins de semana. No Natal, então, a debandada foi grande, como no Ano-Novo. O calor ajudou, apesar das pancadas de chuva.
Desde meados de novembro, como é tradicional, a busca pelas praias do Litoral Norte do Rio Grande do Sul passou a ser um programa de milhares, nos fins de semana. No Natal, então, a debandada foi grande, como no Ano-Novo. O calor ajudou, apesar das pancadas de chuva.
Porém, os problemas financeiros do funcionalismo estadual trabalharam contra, com o parcelamento dos vencimentos e do 13º salário, pela falta de dinheiro. Todos ansiavam por sol e bom tempo, e quase todos os caminhos levaram ao Litoral Norte.
Há que se lembrar que praia não é só tomar banho. Para nós, gaúchos, estar na praia é ver-se livre da gravata, do terno, do horário rígido, de ter tempo para não fazer nada ou fazer quase tudo. Ou seja, veranear, para os gaúchos, é, antes de tudo, um estado de espírito, mesmo sem as belezas das famosas praias de Florianópolis.
Mas não se pode montar uma infraestrutura sazonal, de dois meses, para uma população flutuante até 10 ou 15 vezes maior, no caso gaúcho.
Sobre as rodovias, realmente não suportam o tráfego intenso. A RS-040 deveria ter sido duplicada há pelo menos cinco anos, talvez mais. É certo que a ida e vinda às praias tem problemas sazonais, não permanentes. A concessionária da RS-040 informa que com um pedágio mais caro faria o trabalho.
Quanto aos condomínios horizontais, Tramandaí e Imbé, onde a moda não havia chegado, viu vários surgirem nos últimos anos. Na internet surgem críticas hilárias quanto à nossa maneira de ver o mar, a temporada de verão, as agruras que passamos no trânsito, o tempo e as águas marrons.
Porém, nada que nossos avós não soubessem. No entanto, o que era Capão da Canoa há 40 anos e o que é hoje? E Torres? E Tramandaí e Imbé, mais outras praias? Houve um desenvolvimento notável e, agora, são moradia fixa para milhares de aposentados, com uma distribuição de renda e populacional ao natural.
Quanto a veranear nas praias de Santa Catarina, leva-se mais tempo para chegar lá, mesmo com a duplicação da BR-101. Ora, pela autopista Porto Alegre-Osório e com a Estrada do Mar, temos o acesso em, no máximo, 1h45min, em dias normais ao Litoral Norte. Pode-se ir e vir em um final de semana tradicional sem esgotamento, fora dos chamados feriadões.
Há problemas, porém, da alçada das prefeituras que, em meio à crise, não têm verbas para fazer o que os moradores e veranistas reclamam. Mas os prefeitos, novos ou reeleitos, deveriam aprimorar serviços básicos essenciais, como recolhimento de lixo, pavimentação de ruas e avenidas, sinalização viárias, nome nas vias públicas, semáforos, varrição e capina ou alertando os proprietários para que façam isso em seus terrenos, como é lei em Porto Alegre.
Em suma, o mau humor de alguns porto-alegrenses com relação à ida ao Litoral Norte no Ano-Novo deve dar um bom desconto para as excepcionalidades que ocorreram, começando pela ânsia de sol e dos 10 dias corridos de bom tempo, após meses de instabilidade.
Estávamos saudosos. Bem, quanto ao resto, temos muitas lendas, folclore e exageros. Coisas, aliás, típicas nossas.
A rigor, as nossas praias têm muitos atrativos e milhares para elas se mudam, após a aposentadoria, para gozar do tradicional ócio com dignidade.
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