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Estados Unidos

- Publicada em 23 de Janeiro de 2017 às 21:34

Donald Trump retira EUA do acordo Transpacífico

Presidente começa a reordenar Estados Unidos na economia global

Presidente começa a reordenar Estados Unidos na economia global


AFP/JC
O presidente Donald Trump cancelou ontem, por meio de decreto, a participação dos Estados Unidos do Tratado Transpacífico de Comércio Livre (TPP, sigla em inglês), o mais importante acordo internacional assinado pelo ex-presidente Barack Obama, destinado a estabelecer novas bases para as relações comerciais e econômicas de 12 países do Oceano Pacífico, que reduz tarifas e estimula o comércio para impulsionar o crescimento.
O presidente Donald Trump cancelou ontem, por meio de decreto, a participação dos Estados Unidos do Tratado Transpacífico de Comércio Livre (TPP, sigla em inglês), o mais importante acordo internacional assinado pelo ex-presidente Barack Obama, destinado a estabelecer novas bases para as relações comerciais e econômicas de 12 países do Oceano Pacífico, que reduz tarifas e estimula o comércio para impulsionar o crescimento.
Os países signatários são: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura, Estados Unidos e Vietnã. Com a medida, Trump começa - já no primeiro dia útil de seu mandato, após tomar posse na sexta-feira passada - a reconfigurar o papel dos Estados Unidos na economia global.
Essa é a segunda vez que o novo presidente - ou parlamentares do Partido Republicano - invalida uma herança deixada por Obama. A primeira foi o cancelamento do Obamacare, um programa de saúde aprovado pelo ex-presidente para estender atendimento médico a toda população americana. Esse legado deixado pelo ex-presidente começou a ser desmontado antes mesmo de Trump tomar posse, por iniciativa de congressistas republicanos.
Durante a campanha, o presidente Trump já havia anunciado que iria abandonar formalmente a Parceria Transpacífico por considerar o acordo ruim para os trabalhadores americanos. A parceria ainda não tinha sido aprovada pelo Congresso americano e agora, com a saída dos Estados Unidos, o acordo praticamente se inviabiliza, já que a parceria tinha como pressuposto o mercado americano. O posicionamento dos Estados Unidos no mercado global vai obrigar os países que têm comércio forte com o mercado americano a reavaliar suas estratégias.
A administração Obama negociou arduamente o pacto comercial do Pacífico durante oito anos. A parceria foi finalmente assinada pelos chefes de Estado dos 12 países em 12 de outubro de 2015. Obama, porém, nunca levou a proposta ao Congresso americano com receio de que o pacto fosse rejeitado. Na época, Obama entendeu que uma derrota no Congresso seria pior do que deixar o acordo estagnado sem aprovação.

'Não quero livre comércio, quero comércio justo', disse presidente

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu, em uma reunião com líderes executivos na manhã de ontem, que dará "vantagens" e cortará impostos de forma maciça para as empresas que permanecerem no país, ao mesmo tempo em que pretende impor "substanciais" impostos fronteiriços sobre produtos de empresas que saírem.
"Eu não quero livre comércio, quero um comércio justo. Não temos livre comércio, somos os únicos que tornamos fácil entrar aqui, outros países não acreditam no que fazemos. Vendemos carros do Japão, mas eles tornam impossível vender nossos carros lá, por exemplo. Não é justo, nunca foi e não acredito que demoramos tanto para fazer isso", declarou Trump.
Segundo o presidente, o objetivo da medida é trazer de volta os postos de trabalho para os EUA. "Uma companhia que quer demitir todos os funcionários do país e que pensa que irá vender seus produtos feitos no exterior para nós está muito enganada, isso não vai acontecer", disse.
O republicano também prometeu cortar regulações "em 75%, talvez mais", mas não especificou quais. Ele ainda prometeu cortar impostos relacionados ao meio ambiente em pelo menos 70%.
Entre os presentes no evento estavam Kevin Plank, da Under Armour; Elon Musk, da Tesla; Marilyn Hewson, da Lockheed Martin; e Mario Longhi, da US Steel. O presidente quer encontros trimestrais com os líderes empresariais.