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Educação

- Publicada em 12 de Janeiro de 2017 às 14:33

Piso dos professores tem aumento real de 1,35%

Apesar de ofuscada, Lei do Piso ainda é a principal bandeira do Cpers

Apesar de ofuscada, Lei do Piso ainda é a principal bandeira do Cpers


Marcelo G. Ribeiro/JC
O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta quinta-feira, um aumento de 1,35% acima da inflação no piso nacional do magistério. No total, serão 7,64% de reajuste, considerando os 6,29% da inflação acumulada de 2016. Um mínimo de R$ 2.298,80 deverá ser pago aos professores de nível médio que tiverem carga horária mínima semanal de 40 horas.
O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta quinta-feira, um aumento de 1,35% acima da inflação no piso nacional do magistério. No total, serão 7,64% de reajuste, considerando os 6,29% da inflação acumulada de 2016. Um mínimo de R$ 2.298,80 deverá ser pago aos professores de nível médio que tiverem carga horária mínima semanal de 40 horas.
De acordo com o ministro da Educação, Mendonça Filho, o reajuste anunciado segue os termos do artigo 5º da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, que estabelece a atualização anual do piso nacional do magistério, sempre a partir de janeiro. O critério adotado para o reajuste, desde 2009, tem como referência o índice de crescimento do valor mínimo por aluno ao ano do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que toma como base o último valor mínimo nacional por aluno (vigente no exercício que finda), em relação ao penúltimo exercício. No caso do reajuste deste ano, é considerado o crescimento do valor mínimo do Fundeb de 2016 em relação ao ano anterior.
Os estados e municípios que, por dificuldades financeiras, não possam arcar com o piso, como o Rio Grande do Sul, devem contar com a complementação orçamentária da União, como determina a Lei nº 11.738/2008, no artigo 4º. No final de 2016, o governo federal anunciou que esses repasses para complementação deixariam de ser realizados em parcela única e começariam a ser mensais. O montante de R$ 1,29 bilhão previsto para 2017 será dividido mês a mês.
A vice-presidente do Cpers/Sindicato, Solange Carvalho, considera positivo o reajuste, porém ressalta que o governo gaúcho não cumpre a Lei do Piso. "Eles dizem que cumprem, mas não cumprem. O que fazem é pagar um bônus até chegar no valor, mas o completivo não incorpora no salário nem incide no plano de carreira", critica a sindicalista.
Conforme o governo do Estado, nenhum professor ganha menos do que R$ 2.135,64 para uma jornada de 40h semanais, sendo metade do valor pago por completivo. A defasagem registrada é de 82,42%. Segundo Solange, no início do governo de José Ivo Sartori, em 2015, a defasagem era de 39%. "O governo achata, nivela por baixo. Diz que paga o piso, mas não, pois não respeita o plano de carreira. Estamos sempre no mesmo lugar, com salário congelado", lamenta.
Mesmo assim, a vice-presidente do Cpers comemora o reajuste, pois se tratará de um acréscimo financeiro para aqueles que têm direito ao completivo e porque a população volta seus olhos para a questão do piso salarial. "O piso continua sendo nossa bandeira. Com o parcelamento dos salários, essa bandeira tem ficado apagada, faz com que a sociedade entenda que é melhor receber parcelado do que nada, mas para nós é importante", salienta.
Em nota, o Palácio Piratini afirmou que, diante do reajuste anunciado pelo MEC, "a Secretaria da Fazenda deverá fazer a avaliação da repercussão financeira".

Consulta pública sobre o novo Enem será aberta no dia 18

A partir da próxima semana, a população poderá opinar a respeito do novo modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Ministério da Educação (MEC) abrirá uma consulta pública sobre o assunto no dia 18 de janeiro.
A intenção é adequar o Enem à reforma do Ensino Médio, que atualmente está em discussão no Congresso Nacional. Pela Medida Provisória (MP) nº 746/2016, parte da carga horária do Ensino Médio é voltada a um aprendizado comum, definido pela Base Nacional Comum Curricular, que ainda está em discussão e, na outra parte, o estudante poderá escolher entre cinco itinerários formativos: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Formação Técnica e Profissional.
Algumas possíveis mudanças chegaram a ser debatidas, como a possibilidade de o Enem não servir para certificar a conclusão do Ensino Médio e a exclusão dos treineiros, aqueles que fazem as provas só para testar os conhecimentos. Para eles, em troca, seria aplicado um simulado nacional, em julho.
Uma das possibilidades é que haja modelos diferentes de Enem, mais direcionados para aquilo que os estudantes aprenderam na etapa de ensino. No final do ano passado, o ministro da Educação, Mendonça Filho, disse que as questões da consulta ainda não estavam definidas.
Atualmente, as notas do Enem podem ser usadas para ingressar no Ensino Superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu); no Ensino Superior privado, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni); e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Além disso, pode ser usado para obter a certificação do Ensino Médio.