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Economia

- Publicada em 26 de Janeiro de 2017 às 22:08

Marchezan pede 'apoio da elite'para promover mudanças essenciais

Possíveis concessões no âmbito municipal estão no foco do prefeito

Possíveis concessões no âmbito municipal estão no foco do prefeito


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Adriana Lampert
Usando como exemplo a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - mantida pela iniciativa privada de forma filantrópica e onde são ofertados serviços através do Sistema Único de Saúde (SUS), via convênios com a União -, o prefeito Nelson Marchezan Júnior afirmou, nesta quinta-feira, que o desenvolvimento econômico da Capital dependerá de uma maior integração do poder público com empresas interessadas em investir na melhoria de serviços básicos, a partir de Parcerias Público-Privadas (PPPs) ou concessões.
Usando como exemplo a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - mantida pela iniciativa privada de forma filantrópica e onde são ofertados serviços através do Sistema Único de Saúde (SUS), via convênios com a União -, o prefeito Nelson Marchezan Júnior afirmou, nesta quinta-feira, que o desenvolvimento econômico da Capital dependerá de uma maior integração do poder público com empresas interessadas em investir na melhoria de serviços básicos, a partir de Parcerias Público-Privadas (PPPs) ou concessões.
"Já existe, em Porto Alegre, um sistema de voucher para a Educação, através de PPPs em escolas", completou o gestor, ao defender que as mudanças essenciais para a sociedade devem ser feitas por aqueles que têm recursos, a quem denominou de uma "elite" e para a qual pediu ajuda durante reunião-almoço promovida pelo Grupo de Líderes Empresariais do Rio Grande do Sul (Lide-RS).
O prefeito reforçou que, nos próximos meses, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) deverá realizar uma auditoria em órgãos como o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) para nortear futuras ações da prefeitura no que se refere a todos os serviços públicos. "Nosso grande desafio será mostrar para a população que é possível fazer diferente, de forma correta", disse o prefeito, frisando que não irá conseguir realizar mudanças sem o apoio do secretariado municipal, e também de uma "elite que tem obrigação de ajudar a mudar o Brasil e a sociedade". Neste sentido, segundo Marchezan, a nova Secretaria Municipal de Parcerias Estratégicas deverá ser protagonista não somente no levantamento de possíveis concessões, como também no efetivo relacionamento da Prefeitura com a iniciativa privada, considerou o gestor.
"Normalmente, a elite apresenta caminhos" que, a princípio, solucionariam problemas apontados pela sociedade, "mas considerando apenas o próprio bolso e esquecendo do restante da nação", destacou o gestor, ao convocar o empresariado a participar mais da política e aderir a modelos de PPPs. Ao apontar diversas falhas na prestação de serviços e na manutenção estrutural da cidade, Marchezan ilustrou que foi "a dor da vida real" que influenciou que a população da Capital "elegesse alguém que falou em privatizações" durante a campanha. Ao apoiar o discurso do prefeito, o presidente do Lide-RS, Eduardo Fernandez, disse que "não existe mais espaço para uma gestão pública inchada, letárgica e ineficiente". "O governo precisa desburocratizar o ambiente empreendedor, ser mais ágil em seus processos e trabalhar de forma integrada com a iniciativa privada", concordou.
Marchezan avisou ainda que as medidas já realizadas, a exemplo de cortes de CCs e de secretarias, não serão suficientes para garantir que haja receita para o pagamento de fornecedores e servidores a partir de março deste ano. Até lá, o valor arrecadado pelo IPTU dará conta de pagar os salários do funcionalismo nos meses de janeiro e fevereiro. Após esse período, uma das alternativas encontradas pelo atual governo municipal, segundo o prefeito, será enviar diversos projetos de lei para análise dos vereadores, a fim de melhorar a receita dos cofres públicos. Depois do recesso, o Executivo deve enviar estes projetos à Câmara Municipal, para avaliação de propostas como a criação de um Refis dos tributos municipais.
Em coletiva à imprensa, ocorrida na quarta-feira, Marchezan apresentou números que levam a um déficit de R$ 1,3 bilhão no orçamento de 2017 - considerando débitos pendentes da gestão anterior (R$ 507 milhões) e os já programados para este ano (R$ 815 milhões).
"Vivemos em um mundo irreal, de fotos de assinaturas de convênios", que não apresentam resultados eficientes, destacou o gestor, ao afirmar que os gastos devem ser revistos. Dentre as alternativas para ampliar a receita, Marchezan apontou ainda o combate à sonegação, a criação do Cadastro de Inadimplentes Municipal (Cadin) e o parcelamento de tributos, além da ampliação da cobrança da dívida ativa. No entanto, o prefeito ainda não tem ideia de quanto isso poderá representar, efetivamente, na arrecadação dos cofres públicos.
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