Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 26 de Janeiro de 2017 às 17:12

Compra de ações manteve Molina como acionista majoritário da Marfrig

Agência Estado
Um movimento recente de compras de ações manteve o fundador da Marfrig, Marcos Molina, como acionista majoritário, mesmo após a conversão de debêntures em ações pela BNDESPar, homologada nesta quinta-feira, que elevou a fatia da estatal para 32,5%, ante uma participação anterior de 19,6%. Pela composição acionária mais recente da empresa, informada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 17 deste mês, Molina, sua mulher, Marcia Pascoal Marçal dos Santos, e sua empresa MMS Participações se tornaram detentores de 40,23% das ações, o que equivale a 209.703.592 ações ordinárias. No entanto, desde esse dia, a família continuou movimentando os papéis, segundo fontes, o que pode ter alterado esta composição. Procurada, a empresa ainda não se manifestou.
Um movimento recente de compras de ações manteve o fundador da Marfrig, Marcos Molina, como acionista majoritário, mesmo após a conversão de debêntures em ações pela BNDESPar, homologada nesta quinta-feira, que elevou a fatia da estatal para 32,5%, ante uma participação anterior de 19,6%. Pela composição acionária mais recente da empresa, informada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 17 deste mês, Molina, sua mulher, Marcia Pascoal Marçal dos Santos, e sua empresa MMS Participações se tornaram detentores de 40,23% das ações, o que equivale a 209.703.592 ações ordinárias. No entanto, desde esse dia, a família continuou movimentando os papéis, segundo fontes, o que pode ter alterado esta composição. Procurada, a empresa ainda não se manifestou.
A movimentação de Molina nos últimos meses teve reflexos nas negociações na BM&FBovespa. Na época da confirmação da conversão, em novembro do ano passado, o executivo era detentor de apenas 29% e, se não tivesse comprado ações, deixaria de ser o majoritário. No entanto, mesmo como minoritário, o fundador se manteria como controlador da empresa, conforme previsto em acordo com a estatal, e o BNDESPar passaria a ter dois conselheiros na mesa, no lugar de um. Já em 23 de dezembro, Molina, sua mulher e MMS tinham conjuntamente 39%.
Na semana passada, no dia 20, ocorreu um leilão da Marfrig que teve duração de cerca de uma hora. Conforme anunciado na Agência Bovespa, o leilão envolveria inicialmente 6.839.400 ações, com preço inicial de R$ 3,77 - preço bem abaixo da cotação do papel na ocasião, que estava em torno de R$ 6,19. Mas logo que os papéis foram colocados à venda o preço se ajustou a esse patamar. Fontes do mercado disseram ao Broadcast que possivelmente Molina estava por trás da operação. O empresário estaria transferindo as ações para a MMS Participações.
A conversão homologada hoje provocou um aumento do capital social de R$ 2,149 bilhões. Foram 214.955 debêntures convertidas em 99.979.068 ações ordinárias, ao preço unitário de R$ 21,50 - mais de três vezes o valor do fechamento de terça-feira (R$ 6,28). Dessa forma, o capital passará dos atuais R$ 5,278 bilhões para R$ 7,427 bilhões.
Em relatório, o banco BTG Pactual afirmou que a conversão é positiva, porque melhora o fluxo de caixa livre da empresa, já que a Marfrig deixa de pagar juros ao BNDESPar. Contudo, os analistas do banco afirmam que esse evento já foi precificado pelo mercado. Nesta tarde de quinta-feira, 26, os papéis da Marfrig subiam 1,43%, a R$ 6,37.
Agora os investidores especulam se e quando o BNDES poderia vender as ações da Marfrig. Em meados do ano passado, a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, relatou que a nova diretoria do banco estava estudando a carteira de investimentos do BNDESPar, mas comentou que não tinha uma meta de venda.
Eduardo Miron, vice-presidente executivo de Finanças da Keystone, subsidiária da Marfrig, disse ao Broadcast em dezembro que ninguém sabe como será a atuação do BNDES após a conversão. Questionado sobre a possível redução da participação da instituição na Marfrig, ele respondeu que era uma "tendência natural". Na ocasião, porém, ressaltou que não tinha nenhuma informação sobre os planos do banco.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO