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Economia

- Publicada em 25 de Janeiro de 2017 às 19:27

PT prepara ações contra a Reforma da Previdência

Campanha deve ter apoio do PTB e Solidariedade, afirma Zarattini

Campanha deve ter apoio do PTB e Solidariedade, afirma Zarattini


LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
Líder do PT na Câmara, o deputado paulista Carlos Zarattini afirmou ontem que o partido prepara uma série de ações para tentar impedir a aprovação da Reforma da Previdência no Congresso e que a oposição ao projeto poderá contar com a participação de bancadas que hoje fazem parte da base aliada do presidente Michel Temer (PMDB), como o PTB e o Solidariedade.
Líder do PT na Câmara, o deputado paulista Carlos Zarattini afirmou ontem que o partido prepara uma série de ações para tentar impedir a aprovação da Reforma da Previdência no Congresso e que a oposição ao projeto poderá contar com a participação de bancadas que hoje fazem parte da base aliada do presidente Michel Temer (PMDB), como o PTB e o Solidariedade.
A crença de Zarattini em uma vitória contra o governo no debate sobre a Previdência se baseia principalmente na forma como o partido atuou com o projeto de renegociação das dívidas dos estados com a União. "Ganhamos a rejeição ao projeto que arrochava os estados em troca da negociação das dívidas, comandamos a votação e obtivemos o resultado, tanto que Temer teve de vetar um projeto da sua iniciativa. Está aí embasada a ideia de barrar a Eeforma da Previdência", disse, em entrevista à TV Estadão, argumentando que o PT não perdeu todas as votações.
O petista afirmou que partidos como o PTB e o Solidariedade, da base de Temer, também devem se opor à Reforma da Previdência. "A oposição não é só do PT ou da esquerda, é mais ampla", declarou. As ações contra a reforma devem ser desde manifestações de rua até a realização de plenárias e articulações com lideranças religiosas. "Vamos divulgar os malefícios da Reforma da Previdência, que é repudiada pela população", disse.
A ideia, segundo o deputado, é fazer uma contraposição à campanha que o governo tem feito na mídia a favor da reforma. "Estão gastando milhões e milhões, mas é muito difícil mudar a opinião dos brasileiros, que podem perder direitos previdenciários", afirmou.
O líder do PT comentou também as delações de executivos da Odebrecht e disse que elas podem causar uma "forte desagregação" no Congresso. Ele disse ainda que tem ocorrido uma criminalização não somente do chamado caixa-2, mas também das doações legais de empresas a parlamentares. "Impedir a relação entre empresários e parlamentares é querer impedir que o sol brilhe de manhã", afirmou o deputado.
Após a crítica, ele defendeu a regulamentação do lobby no Brasil para dar mais transparência às relações entre empresas e políticos, ao dizer que é natural setores empresariais buscarem ter seus representantes no Congresso. A regulamentação, portanto, serviria para "clarificar quem é quem no Congresso". Zarattini se posicionou a favor do fim das doações empresariais em campanha eleitorais e torce para que "elas não voltem mais". O deputado afirmou que "a cada dia está evidente que o PMDB operou recursos em empresas do governo, não só o Eduardo Cunha (ex-presidente da Câmara), mas também a participação clara e evidente do Renan Calheiros (presidente do Senado) e do próprio presidente Michel Temer".
 
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