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Economia

- Publicada em 17 de Janeiro de 2017 às 11:22

Discurso de May e ata do Copom são forças contrárias no pregão da Bovespa

Agência Estado
Sob efeito negativo no plano externo do discurso da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, o pregão da Bovespa abriu esta terça-feira (17), em queda. O que pode atenuar o movimento, segundo operadores, é o contraponto doméstico visto como muito positivo com a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O fiel da balança, mais uma vez no mercado brasileiro, será o comportamento das commodities.
Sob efeito negativo no plano externo do discurso da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, o pregão da Bovespa abriu esta terça-feira (17), em queda. O que pode atenuar o movimento, segundo operadores, é o contraponto doméstico visto como muito positivo com a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O fiel da balança, mais uma vez no mercado brasileiro, será o comportamento das commodities.
Por volta das 11 horas (de Brasília) o exterior pesava sobre os negócios e o Ibovespa recuava 0,16% aos 63.731,78 pontos. Entre as blue chips, os papeis da Petrobras acentuavam a alta, de 0,60% (ON), seguindo a valorização das cotações do petróleo no mercado internacional, e de uma parcela do setor bancário, enquanto Vale recuava de maneira mais acentuada 1,92% (ON).
O novo discurso da primeira-ministra do Reino Unido foi monitorado com apreensão. A leitura que gera preocupação está diretamente ligada ao sucesso da reestruturação do país e o efeito que isso terá sobre as outras economias, ou seja, o risco de contágio que possa levar a uma debandada e ao fim do bloco. "A confirmação de que o Reino Unido deve sair do mercado único europeu pode levar ao aumento da aversão ao risco", notam os analistas da consultoria LCA.
"A tendência hoje é de a Bolsa vivenciar mais as notícias internacionais do que doméstico. Ainda há mal-estar com a saída do Reino Unido do bloco europeu", disse Raphael Figueredo, analista de Clear Corretora.
Segundo ele, a preocupação já se mostra latente tanto no comportamento do dólar que cai frente a maioria dos países quanto aos índices futuros de Nova York, que também recuam no período da manhã.
Por outro lado, aqui dentro, as informações trazidas na ata da reunião - que surpreendeu com corte mais forte da taxa básica de juros, de 0,75 ponto porcentual - reafirmam que o ciclo de flexibilização da política monetária pode levar a Selic para um dígito já no final deste ano.
A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira, 16, foi uma prévia do movimento já aventado pelo mercado e a ata confirmou. Com isso, as perspectivas de renegociação de dívidas, espaço para mais consumo e retomada da economia aumentam.
Aliada à ata, as commodities energéticas podem ser um ponto positivo para se contrapor ao exterior, apesar de ter havido queda de 2,5% no minério de ferro na China.
Na volta do feriado nos Estados Unidos, os investidores devem ficar atentos ao comportamento do petróleo, já que nesta semana será divulgado relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sobre oferta e demanda da commodity.
A Vale já acumula alta de quase 25% em janeiro, e os investidores parecem apostar num 2017 positivo para a companhia. No setor de construção, MRV e Even divulgaram suas prévias operacionais de 2016.
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