As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira (17), à espera de um importante discurso sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (o chamado "Brexit"), com as ações na China revertendo perdas de mais cedo em mais uma sessão de bastante volatilidade.
O Shenzhen Composto subiu 1,17%, a 1.873,02 pontos, depois de chegar a cair 1,5% durante o pregão, enquanto o Xangai Composto, o principal índice acionário chinês, teve leve alta de 0,17%, a 3.108,77 pontos, recuperando-se de uma desvalorização de até 1%.
Analistas atribuem a virada dos mercados na China a uma possível contribuição de fundos apoiados por Pequim. Ontem, o Shenzhen sofreu um tombo de 3,62%, à medida que investidores se desfizeram de papéis de empresas de menor valor de mercado.
Na Ásia como um todo, porém, o clima foi de cautela antes de um discurso da primeira-ministra britânica, Theresa May. Segundo trechos do discurso divulgados em Londres, May dirá hoje que o Reino Unido não vai querer manter uma "filiação parcial" à União Europeia "ou qualquer coisa que nos deixe meio dentro, meio fora".
Em Tóquio, o Nikkei, caiu 1,48%, a 18.813,53 pontos, ampliando perdas de 1% de ontem e atingindo o menor patamar desde 8 de dezembro. Os negócios no Japão também foram pressionados pela continuidade do fortalecimento do iene em relação ao dólar durante a madrugada.
Em outras partes da região asiática, o índice Hang Seng teve alta de 0,54% em Hong Kong, a 22.840,97 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,37% em Seul, a 2.071,87 pontos, e o Taiex ganhou 0,67% em Taiwan, a 9.354,53 pontos, mas o filipino PSEi recuou 1,59% em Manila, a 7.123,33 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana sucumbiu à cautela que antecipa o discurso de May e o índice S&P/ASX 200 caiu 0,9% em Sydney, a 5.699,40 pontos, terminando o dia no menor nível desde o fim do ano passado.
Ao longo da semana, os investidores na Ásia e no Pacífico tendem a ficar relutantes também na expectativa para eventuais detalhes sobre as futuras políticas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que assume o cargo na sexta-feira (20).