Os juros futuros encerraram com viés de baixa a sessão regular desta segunda-feira (16). O feriado nos Estados Unidos, que deixou os mercados financeiros norte-americanos fechados, e o fraco noticiário doméstico e internacional privou a renda de fixa de novos vetores para movimentos mais fortes.
No fim da sessão regular, o DI para janeiro de 2018 marcou 11,025% ante 11,060% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2019 fechou a 10,48% ante 10,53% no último ajuste. O DI para janeiro de 2021 encerrou a sessão regular a 10,76% ante 10,80% no ajuste da última sessão.
No radar de analistas e operadores, o destaque é a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), a ser divulgada na terça-feira (17) às 8h30. O texto deve trazer elementos que explicam a decisão surpreendente do Copom de cortar em 75 pontos-base a Selic na semana passada. O mercado não espera, entretanto, novas surpresas na ata.
O presidente e economista-chefe do Banco Ribeirão Preto (BRP), Nelson Rocha Augusto, diz não aguardar "nada muito diferente" das últimas comunicações do Banco Central. "O que a gente espera é uma descrição mais profunda dos 'calls' que o BC fez em entrevistas e no próprio comunicado da decisão (na última quarta-feira)", afirma Augusto.
Na avaliação do economista-chefe do BRP, a proximidade da posse de Donald Trump como presidente dos EUA é um inibidor para a montagem de novas posições. "Isso gera mais cautela. Ninguém vai ficar fazendo grandes apostas com um cenário (sobre o governo Trump) incerto como o atual", diz o economista do BRP, uma das instituições TOP 5 elencadas pelo Banco Central (BC) na semana passada.