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Indústria

- Publicada em 13 de Janeiro de 2017 às 18:54

Venda de implementos rodoviários tem queda de 60% em dois anos

Exportações tiveram bom desempenho e cresceram 23% no período

Exportações tiveram bom desempenho e cresceram 23% no período


MARCOS NAGELSTEIN/ARQUIVO/JC
Em dois anos, o mercado brasileiro de implementos rodoviários caiu mais de 60%. O volume de 159.870 produtos, de 2014, baixou para 61.996 no ano passado. Em 2015, o setor entregou 88.315 veículos no Brasil. "A indústria encontra-se em situação muito delicada", desabafa Alcides Braga, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).
Em dois anos, o mercado brasileiro de implementos rodoviários caiu mais de 60%. O volume de 159.870 produtos, de 2014, baixou para 61.996 no ano passado. Em 2015, o setor entregou 88.315 veículos no Brasil. "A indústria encontra-se em situação muito delicada", desabafa Alcides Braga, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).
A brusca queda se refletiu diretamente nos postos de trabalho, que somavam 71 mil diretos e indiretos em 2014, e fecharam em 40 mil no ano passado. "Sem alterações no modelo de financiamento e sem planos que voltem a fazer a economia crescer, as empresas do setor não terão como aguentar", adverte o dirigente empresarial.
Em Caxias do Sul estão instaladas as duas maiores fabricantes de implementos rodoviários, respondendo por cerca de 40% do total da produção nacional. A Randon, maior do setor, acumula, até novembro, receita líquida de
R$ 2,424 bilhões, queda de 15,3% sobre igual período de 2015. Do valor, em torno de 50% tem origem nas vendas de implementos e veículos especiais. Os emplacamentos nacionais de veículos pesados - reboques e semirreboques - somaram 23.187 unidades no ano passado, uma redução de 22% sobre o volume de 2015. No segmento de carroceria sobre chassis (veículos leves), o recuo foi de 34%, para 38.809 unidades.
As vendas externas, ao contrário, tiveram alta de 23%, com o embarque de 3.631 unidades até novembro. No ano passado, foi criado o projeto de exportação da Anfir com a Apex-Brasil, medida que contribuiu para o resultado. O volume de negócios estimado para a indústria deve ultrapassar
US$ 35 milhões. "A receptividade dos mercados sul-americanos foi excelente", afirma Braga.
O programa definido entre as duas entidades incluiu três rodadas de negócios, na Colômbia, no Chile e no Brasil; e a participação do setor na Expomina Peru. Em 2017, o projeto deverá ampliar os mercados-alvo. Também é intenção trazer ao Brasil, em outubro, um grupo de importadores latino-americanos para conhecer o Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas (Fenatran), que ocorre em São Paulo.

Guerra realiza nova paralisação

Na manhã da sexta-feira, os trabalhadores da Guerra realizaram assembleia em frente à empresa para tratar do descumprimento do acordo formalizado no Tribunal Regional do Trabalho no dia 7 de dezembro. A questão é que a empresa não pagou os salários referentes ao mês de dezembro aos 177 trabalhadores que tiveram as rescisões canceladas e que estão em licença remunerada.
Em reunião com o presidente do sindicato dos Metalúrgicos, Assis Melo, e com um grupo de representantes dos trabalhadores, a direção da empresa garantiu que pagaria 40% do valor dos salários na sexta-feira e o restante até quarta-feira (18). Os trabalhadores seguem paralisados até hoje, quando será realizada nova assembleia e mais uma reunião com a direção da empresa, que está em recuperação judicial.