Índice de preços de alimentos da FAO recua em 2016

O Índice de Preços dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) encerrou em 172 pontos em dezembro de 2016, praticamente inalterado ante os 171,3 de novembro. O desempenho foi sustentado pelos fortes ganhos dos óleos vegetais e dos lácteos.

Para o acumulado de 2016, entretanto, o índice encerrou em 161,6 pontos, queda de 1,5% ante o ano anterior, figurando como o quinto recuo anual seguido. Apesar de os preços do açúcar e dos óleos vegetais terem subido significativamente em 2016, a frustração nos cereais, carne e lácteos jogaram o indicador para baixo.

Os óleos vegetais avançaram 7,4 pontos (4,2%) em dezembro ante novembro, para 183 pontos, maior valor desde julho de 2014. O resultado foi impulsionado pelas altas do óleo de palma, ainda favorecido pelos baixos estoques globais, e também pelo óleo de soja, que tem se valorizado diante das preocupações com o clima na Argentina. No acumulado do ano, o índice encerrou em 164 pontos, alta de 11,4% ante 2015, mas abaixo dos valores recordes registrados nos cinco anos anteriores.

Também com forte valorização, o índice de lácteos subiu 6,2 pontos (3,3%) em dezembro ante novembro, para 192,6 pontos. Os preços avançaram moderadamente para a manteiga, queijo e leite em pó. No acumulado de 2016, entretanto, o indicador recuou 4% ante 2015, apesar de os preços terem registrado recuperação substancial a partir do meio do ano.

O preço dos cereais avançou apenas 0,5% ante novembro, para 142,1 pontos em dezembro. O indicador encerrou em 147 pontos no ano, queda de 9,6% ante 2015 e 39% abaixo do seu pico em 2011.

Na contramão, o preço internacional de carnes recuou 1,8 ponto (1,1%) em dezembro, para 161,5 pontos. Apesar do crescimento moderado durante o ano, o índice perdeu 7% em 2016. As maiores quedas registradas foram de carne bovina e frango.

Já o índice do açúcar liderou as perdas e recuou 24,6 pontos (8,6%) ante novembro. No acumulado do ano, entretanto, subiu 34,2%, para 255,9 pontos - o primeiro aumento anual desde o pico de 369 pontos em 2011.