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CONJUNTURA INTERNACIONAL

- Publicada em 12 de Janeiro de 2017 às 18:41

Déficit orçamentário dos EUA sobe para US$ 27,52 bilhões em dezembro

O déficit orçamentário dos Estados Unidos aumentou para US$ 27,52 bilhões em dezembro, informou, nesta quinta-feira, o Departamento do Tesouro. O resultado é quase o dobro do déficit de US$ 14,44 bilhões registrado em igual mês de 2015. A receita total do governo caiu 9% em dezembro na comparação com igual mês de 2015, segundo o Tesouro, e os desembolsos recuaram 5%. Mudanças no calendário relacionadas ao feriado do Ano-Novo fizeram com que alguns pagamentos federais para janeiro fossem contados em dezembro. Além disso, o Federal Reserve (Fed), no fim de 2015, fez um pagamento único de US$ 19,3 bilhões ao Tesouro, que influiu na comparação.
O déficit orçamentário dos Estados Unidos aumentou para US$ 27,52 bilhões em dezembro, informou, nesta quinta-feira, o Departamento do Tesouro. O resultado é quase o dobro do déficit de US$ 14,44 bilhões registrado em igual mês de 2015. A receita total do governo caiu 9% em dezembro na comparação com igual mês de 2015, segundo o Tesouro, e os desembolsos recuaram 5%. Mudanças no calendário relacionadas ao feriado do Ano-Novo fizeram com que alguns pagamentos federais para janeiro fossem contados em dezembro. Além disso, o Federal Reserve (Fed), no fim de 2015, fez um pagamento único de US$ 19,3 bilhões ao Tesouro, que influiu na comparação.
Nos 12 meses até dezembro, o déficit orçamentário federal ficou em US$ 580,14 bilhões, alta de 21% ante os US$ 477,97 bilhões nos 12 meses até dezembro de 2015. Como parcela da produção econômica, o déficit foi de cerca de 3,1% do PIB no ano-calendário de 2016, alta ante os 2,6% do PIB do ano anterior. O ano fiscal do governo federal dos EUA começa em outubro.
Analistas preveem uma crescente diferença entre o que o governo gasta e sua receita nos próximos anos. O grupo apartidário Escritório para o Orçamento Congressual projeta que o déficit aumente ao longo da próxima década, atingindo 4,6% do PIB no ano fiscal de 2026, contanto que não ocorram importantes mudanças na legislação atual e que continue o modesto crescimento econômico. Grandes alterações podem ocorrer, porém, já que o presidente eleito Donald Trump e o Congresso republicano têm como prioridade realizar mudanças tributárias.
 

Economistas divergem sobre próximo aumento de juros do Federal Reserve

Economistas ouvidos pelo Wall Street Journal esperam que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) aumente as taxas de juros três vezes este ano, mas não chegaram a um consenso sobre quando esses aumentos virão. Aproximadamente 33% dos economistas disseram que o Fed voltará a aumentar as taxas em março; 48% afirmaram que o BC americano esperará a reunião de junho. Dirigentes do Fed sinalizaram, em dezembro, três aumentos das taxas de juros de 0,25 ponto porcentual em 2017.
A divisão entre os economistas entrevistados reflete diferenças de opinião sobre o curso da economia dos EUA neste ano e o efeito dos possíveis investimentos que o governo Trump venha a fazer. Vários dos que preveem um aumento em março projetavam contínuas melhoras no mercado de trabalho, alta da inflação e uma taxa saudável de crescimento econômico. "O Fed terá outra oportunidade para elevar os juros em março, tendo em vista o crescimento do PIB e os ganhos contínuos nos mercados de ações", disse Rajeev Dhawan, economista da Georgia State University.
Já os que acreditam que aconteça um aumento somente em junho optaram pelo ceticismo em relação a um cenário completamente positivo da economia. "O crescimento e a inflação nos EUA não serão fortes o suficiente para forçar um aperto monetário mais rápido pelo Fed", disse Scott Anderson, economista-chefe do Bank of the West.
Vários também citaram a incerteza em torno das políticas econômicas do governo Trump como um fator que seria ponderado pelo BC americano. "O Fed irá agir com cautela e vai querer esperar por um panorama fiscal mais claro", afirmou Gregory Daco, diretor de macroeconomia dos EUA na Oxford Economics.
Os desacordos dos economistas refletem o debate que ocorre no próprio Fed. Após a reunião do BC dos EUA em dezembro, a presidente do Fed, Janet Yellen, disse que alguns dirigentes mudaram suas perspectivas econômicas após a eleição de Trump. "Alguns dos dirigentes, mas não todos, incorporaram alguma suposição de uma mudança na política fiscal em suas projeções."
As projeções econômicas divulgadas após a reunião sugeriram que os dirigentes do Fed anteciparam a elevação das taxas de juros para três vezes ao longo de 2017, e acima dos dois aumentos projetados em setembro.
A pesquisa do Wall Street Journal foi feita com 67 economistas, mas nem todos responderam a todas as perguntas.