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Economia

- Publicada em 12 de Janeiro de 2017 às 18:32

Odebrecht pode ser impedida de obter contratos públicos na República Dominicana

Agência Estado
A procuradoria da República Dominicana solicitou nesta quinta-feira que a companhia brasileira Odebrecht seja proibida de assumir novos contratos públicos enquanto durar a investigação sobre supostos subornos milionários dela para autoridades locais. O procurador-geral do país, Jean Alain Rodríguez, informou em entrevista coletiva que enviou o pedido à Direção de Compras e Contratações Públicas para que impeça o Estado de voltar a contratar a empreiteira. Rodríguez disse também que enviou solicitação similar ao Judiciário, para que um tribunal determine essa proibição de maneira cautelar.
A procuradoria da República Dominicana solicitou nesta quinta-feira que a companhia brasileira Odebrecht seja proibida de assumir novos contratos públicos enquanto durar a investigação sobre supostos subornos milionários dela para autoridades locais. O procurador-geral do país, Jean Alain Rodríguez, informou em entrevista coletiva que enviou o pedido à Direção de Compras e Contratações Públicas para que impeça o Estado de voltar a contratar a empreiteira. Rodríguez disse também que enviou solicitação similar ao Judiciário, para que um tribunal determine essa proibição de maneira cautelar.
Rodríguez enviou as solicitações como parte da investigação aberta em fins de dezembro para determinar o destino de cerca de US$ 92 milhões que a Odebrecht admitiu ante autoridades dos EUA ter pago em subornos na República Dominicana em troca de contratos públicos.
O procurador e a promotora anticorrupção, Laura Guerrero, interrogaram nesta semana o gerente da Odebrecht no país, Marcelo Hofke, que afirmou que a companhia não pagou suborno a nenhum funcionário, mas sim entregou os US$ 92 milhões a um intermediário.
O Ministério Público interrogou na quarta-feira o empresário local Angel Rondón, que foi durante vários anos representante comercial da Odebrecht. Segundo o procurador, Rondón admitiu que recebeu cerca de US$ 92 milhões da companhia, porém não para pagar subornos, mas como pagamentos por "serviços de representação comercial".
O empresário, vinculado ao setor da pecuária, assegurou na quarta-feira, antes do interrogatório, que tem mecanismos para comprovar que o dinheiro recebido da Odebrecht não foi usado para subornos. "Não estamos satisfeitos" com as declarações de Rondón, disse o procurador. A autoridade recordou que executivos da Odebrecht já confessaram a autoridades norte-americanas o pagamento de subornos.
A procuradoria deu três dias para Rondón apresentar todos os documentos e comprovantes bancários que mostrem sua vinculação com a construtora brasileira.
As autoridades dominicanas abriram a investigação após o Departamento de Justiça dos EUA informar em dezembro que a Odebrecht e sua afiliada Braskem concordaram em pagar multa de mais de US$ 3,5 bilhões para retirada de acusações de suborno. Segundo a investigação do Departamento de Justiça, a construtora pagou subornos milionários em dez países da América Latina e dois da África em troca de contratos públicos.
Na República Dominicana, a Odebrecht participou desde 2002 de 20 obras milionárias de infraestrutura, executadas durante os últimos cinco governos. A última licitação concedida à Odebrecht, em 2013, corresponde a uma central termelétrica com custo previsto de cerca de US$ 2 bilhões. O presidente Danilo Medina criou nesta semana uma comissão especial para revisar a concessão da termelétrica.
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