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conjuntura internacional

- Publicada em 10 de Janeiro de 2017 às 19:19

Montadoras destacam fabricação nos EUA para agradar a Trump

Norte-americanos compraram 17,5 milhões de automóveis em 2016

Norte-americanos compraram 17,5 milhões de automóveis em 2016


BILL PUGLIANO/AFP/JC
Ao apresentar o utilitário de grande porte Atlas no Salão de Detroit, a Volkswagen estampou em seu telão a frase "desenvolvido e produzido nos EUA". A Honda também fez questão de ressaltar que o câmbio de 10 marchas da minivan Odissey é "made in USA". Essas declarações públicas não deixam dúvidas: Donald Trump está presente no evento.
Ao apresentar o utilitário de grande porte Atlas no Salão de Detroit, a Volkswagen estampou em seu telão a frase "desenvolvido e produzido nos EUA". A Honda também fez questão de ressaltar que o câmbio de 10 marchas da minivan Odissey é "made in USA". Essas declarações públicas não deixam dúvidas: Donald Trump está presente no evento.
Planos de produção não surgem do dia para a noite na indústria automotiva. Tais decisões fabris já haviam sido tomadas há tempos, e eram conhecidas. O que as montadoras fazem agora é mandar um recado ao presidente eleito dos Estados Unidos, da mesma forma que ele tem feito via redes sociais.
O que existe hoje são expectativas sobre promessas de sobretaxa a produtos produzidos no México. Seria uma mudança de regra radical, como tantas que já ocorreram no Brasil, mas não é comum na América do Norte.
"A indústria automotiva mexicana se preparou para lidar com o mercado norte-americano. Se esse mercado não existisse, toda a produção daquele país teria sua existência ameaçada", disse Sergio Marchionne, presidente do grupo FCA (Fiat e Chrysler), na segunda-feira, no Salão de Detroit.
O executivo não se esquivou de perguntas sobre o tema Trump, mas ressaltou que ainda não tinha resposta a dar. "Precisamos de clareza, e não somos os únicos que precisam", afirmou. Para Marchionne, tanto a FCA, que também anunciou investimento nos EUA, como outras montadoras devem adiar os planos de investimento no México.
De acordo com o Center for Automotive Research de Ann Arbour (Michigan), foram investidos US$ 24 bilhões desde 2010 na produção de carros no México. A maior parte deles foi exportada para os EUA. A demanda dos norte-americanos nunca foi tão grande: foram vendidas cerca de 17,5 milhões de automóveis ao longo de 2016, um novo recorde.

Volkswagen negocia pagar US$ 4,3 bi em acordo nos EUA após fraude

A montadora alemã Volkswagen confirmou ontem que está em negociações avançadas com autoridades dos Estados Unidos para admitir a culpa criminalmente e pagar US$ 4,3 bilhões em multa para resolver um caso judicial por fraude em testes de emissões de poluentes.
A Volkswagen admitiu, em 2015, que realizou fraudes em quase 11 milhões de veículos a diesel pelo mundo, sendo 600 mil deles nos EUA. Com isso, a empresa permitiu que carros produzissem até 40 vezes o limite permitido.
O acordo com o Departamento de Justiça e com a autoridade do consumidor dos EUA é um grande passo para resolver o impasse legal em relação ao escândalo de fraude. A Volks já concordou em pagar US$ 17,5 bilhões para resolver o litígio civil e compensar consumidores e empresas prejudicadas.
A Volkswagen destinou cerca de ¤ 18 bilhões em provisões para pagar os custos legais e as penalidades associadas com o escândalo nos EUA. A companhia disse, em comunicado, esperar que ocorram cobranças adicionais, mas que não consegue ainda quantificá-las.