Em uma semana que promete ser bastante movimentada para o mercado de renda fixa, os juros futuros iniciaram a sessão com discreto viés de queda, ajudados pelo também modesto sinal de baixa do dólar. Com a decisão do Copom na próxima quarta-feira (11), boa parte das mudanças de posição que teriam de ser feitas já foram e agora o movimento é mais de ajuste fino.
Às 9h25min desta segunda-feira (9), o DI para abril de 2017 estava em 12,810%, ante 12,825% no ajuste de Sexta-feira (6). O DI para janeiro de 2018 marcava 11,36%, de 11,38%. O contrato para janeiro de 2019 indicava 10,90%, de 10,91%. O vencimento para janeiro de 2020 projetava taxa de 11,05%, ante 11,07%. O DI para janeiro de 2021 estava em 11,24%, de 11,25%. E nos vértices mais longos, o janeiro 2023 apontava 11,49%, de 11,51%.
Além do Copom, que termina na quarta-feira, a semana terá outros indicadores importantes para o mercado de renda fixa. No mesmo dia sai o IPCA de dezembro e, obviamente, o resultado fechado no ano, que pode desobrigar o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, de mandar uma carta ao Ministério da Fazenda explicando porque a inflação fechou acima da meta.
Pesquisa Focus divulgada na manhã desta segunda aponta, na mediana das projeções, que o IPCA fique em 6,35% este ano. Para 2017, a estimativa caiu de 4,87%, para 4,81%. Já em relação ao PIB, a projeção para o próximo ano ficou estável em 0,50% pela segunda semana seguida. Para este ano, também ficou inalterada, em -3,49%.
Nesta segunda, o presidente Michel Temer vai a Esteio (RS), pela manhã, entregar ambulâncias do Samu e, por volta das 13h, retorna a Brasília, onde embarca para Lisboa, para participar do velório do ex-presidente e ex-primeiro-ministro de Portugal Mário Soares.
Já Goldfajn e o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Tiago Couto Berriel, participam da reunião bimestral de presidentes de bancos centrais, promovida pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), em Basileia, na Suíça.