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Mercado de Capitais

- Publicada em 08 de Janeiro de 2017 às 20:34

Altas e baixas marcam início do ano na bolsa

O pregão de sexta-feira foi dedicado a um movimento de realização de lucros no mercado de ações, que levou o Índice Bovespa a uma baixa de 0,65%, aos 61.665 pontos. Ainda assim, o principal índice da bolsa brasileira terminou a semana com avanço de 2,39%. O volume de negócios totalizou R$ 5,350 bilhões. A primeira semana de 2017 foi marcada pela alternância entre altas e baixas, determinada principalmente pelo desempenho instável das ações do setor de commodities. Os investidores dividiram as atenções entre indicadores econômicos e preços das matérias-primas no mercado internacional, além da expectativa de corte de juros no Brasil.
O pregão de sexta-feira foi dedicado a um movimento de realização de lucros no mercado de ações, que levou o Índice Bovespa a uma baixa de 0,65%, aos 61.665 pontos. Ainda assim, o principal índice da bolsa brasileira terminou a semana com avanço de 2,39%. O volume de negócios totalizou R$ 5,350 bilhões. A primeira semana de 2017 foi marcada pela alternância entre altas e baixas, determinada principalmente pelo desempenho instável das ações do setor de commodities. Os investidores dividiram as atenções entre indicadores econômicos e preços das matérias-primas no mercado internacional, além da expectativa de corte de juros no Brasil.
Mesmo com o petróleo em alta, as ações da Petrobras foram objeto de realização de lucros, em parte favorecida pelo anúncio de reajuste apenas do diesel - e não da gasolina -, que gerou certa controvérsia entre os analistas. Ao final do pregão, Petrobras ON teve queda de 1,52%, enquanto Petrobras PN recuou 0,57%. No acumulado da semana, as duas tiveram ganhos superiores a 3% e 5%, respectivamente.
A proximidade da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta semana, foi fator positivo que permeou os negócios durante toda a semana. O aumento das apostas em uma redução da Selic mais pronunciada gerou baixas no mercado futuro de juros e beneficiou não apenas as empresas mais expostas a juros, mas toda a bolsa. "A possibilidade de um afrouxamento mais forte beneficia a Bovespa não apenas por representar maior estímulo ao desempenho das empresas, mas também por aumentar a atratividade do setor de renda variável", disse um operador. "Se o corte vier mesmo maior, talvez até em 0,75 ponto percentual, a repercussão será muito positiva na bolsa", afirmou.
O avanço do dólar no exterior direcionou as cotações da divisa norte-americana frente ao real nesta sexta-feira. No mercado à vista, a divisa encerrou em alta de 0,58%, aos R$ 3,2197, contendo a queda na semana a 1%. Já no mercado futuro, o dólar para fevereiro fechou aos R$ 3,2465, na máxima do dia, com ganho diário de 0,70%, mas baixa de 1,02% na semana.

Spread bancário resiste a cair, apesar da queda dos juros básicos

A queda nos juros básicos da economia está demorando a chegar aos tomadores finais de empréstimos e financiamentos. Embora o Banco Central (BC) tenha reduzido a taxa Selic duas vezes desde outubro, os juros cobrados pelos bancos não caem na mesma velocidade. A explicação está no spread bancário, que acumulou alta em outubro e em novembro, mesmo com a Selic em queda.
O spread bancário é a diferença entre as taxas que as instituições financeiras pagam para captar recursos e as que cobram do cliente final. O indicador, divulgado todos os meses pelo BC, caiu 0,4 ponto percentual em novembro. No entanto, com o crescimento de 1 ponto percentual registrado em outubro, o spread acumula alta de 0,6 ponto percentual no último trimestre de 2016. A conta abrange apenas as operações de crédito livre, feitas com recursos próprios dos bancos, excluindo o crédito direcionado, concedido com subsídios do governo.
A diferença pode ser observada quando se compara a evolução das taxas usadas na captação e os juros cobrados na concessão de crédito. A taxa média de captação estava em 12,1% ao ano em novembro, segundo os dados mais recentes do BC. Essa é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro emprestado dos correntistas por meio de aplicações como poupança, CDB e fundos de investimento.
Mesmo com a taxa Selic sendo reduzida em 0,5 ponto percentual - de 14,25% para 13,75% ao ano - desde outubro, a taxa média de captação acumula queda de apenas 0,1 ponto percentual em outubro e em novembro, de 12,2% para 12,1% ao ano.
Os juros médios pagos pelos tomadores de empréstimos e financiamento, no entanto, não tiveram a mesma trajetória e subiram, mesmo com a queda da Selic. A taxa média de aplicação, como o BC chama os juros dos clientes finais, acumula alta de 0,5 ponto percentual em outubro e em novembro, passando de 53,4% para 53,9% ao ano no período. O spread - diferença entre as duas taxas - subiu de 41,2% para 41,8% ao ano (0,6 ponto percentual) na mesma comparação.