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Economia

- Publicada em 01 de Janeiro de 2017 às 18:39

Petrobras lidera lista de empresas que mais ganharam valor na Bovespa em 2016

Apesar de amargar, em 2016, resultados financeiros desanimadores, grande parte das maiores empresas brasileiras de capital aberto teve pelo menos um motivo para comemorar. Se, por um lado, muitas registraram prejuízo recorde; por outro, elas não só recuperaram o valor perdido em 2015, como foram além.
Apesar de amargar, em 2016, resultados financeiros desanimadores, grande parte das maiores empresas brasileiras de capital aberto teve pelo menos um motivo para comemorar. Se, por um lado, muitas registraram prejuízo recorde; por outro, elas não só recuperaram o valor perdido em 2015, como foram além.
Em 2015, as companhias listadas haviam se desvalorizado em R$ 253,5 bilhões, segundo levantamento da Economática. Em 2016, entretanto, elas ganharam R$ 563 bilhões, com a Petrobras sendo responsável por quase 20% desse total. O valor de mercado da petroleira passou de
R$ 101,3 bilhões no fim de 2015 para R$ 209,4 bilhões, incremento de 106,7% - apesar de um prejuízo líquido de R$ 17,3 bilhões nos nove primeiros meses do ano, o maior da bolsa brasileira no período em valores absolutos.
Como o resultado das companhias em valor de mercado é uma projeção que se faz de caixa futuro, os investidores indicaram em 2016 que esperam melhoras para os próximos meses, mesmo diante de prejuízos como o da estatal, diz Ricardo Rocha, professor do Insper. Vendas de ativos, alta no preço das commodities e nomes no governo federal e no comando das companhias mais bem vistos pelo mercado financeiro estão entre os fatores que favoreceram a recuperação da Bolsa.
A Petrobras, por exemplo, foi beneficiada por uma relativa recuperação do valor do petróleo, cujo barril chegou a custar US$ 25 e agora passa dos US$ 55, e pela expectativa de um avanço ainda maior no preço decorrente da decisão da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) de diminuir a oferta do produto. De acordo com o economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management, Paulo Gomes, a política de preços "mais transparente" adotada neste ano e a mudança no comando da petroleira também ajudaram no desempenho da companhia. "O nome do Pedro Parente (atual presidente) fez diferença. É um gestor mais profissional", acrescenta Rocha.
Parente, que foi ministro de Fernando Henrique Cardoso e passou por companhias como o grupo de comunicação RBS e a multinacional Bunge, tem levado adiante o projeto de desinvestimento da Petrobras. De acordo com o plano de negócios da estatal, a meta é vender US$ 21 bilhões em ativos até 2018. Por enquanto, já foram US$ 13,6 bilhões. "As empresas estavam precisando melhorar a produtividade. Estavam com um monte de ativos que não eram seu 'core' (negócio principal da companhia) e, agora, com as vendas, equalizaram o endividamento", avalia Oscar Malvessi, da FGV. A Vale e a Eletrobras também apareceram no ranking das 10 que mais se valorizaram em termos absolutos ao longo dos últimos 12 meses.
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