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Economia

- Publicada em 01 de Janeiro de 2017 às 17:41

Elevação de juros nos EUA preocupa a economia mundial neste ano

Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, já informou que pretende realizar três altas no ano

Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, já informou que pretende realizar três altas no ano


KAREN BLEIER/AFP/JC
A elevação da taxa básica de juros norte-americana é uma das principais preocupações no cenário econômico mundial para 2017. O Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos) decidiu, no final de 2016, aumentar a taxa e informou que prevê mais três aumentos da taxa em 2017. A subida torna mais atrativas as aplicações no mercado norte-americano em relação a outros países, principalmente entre os emergentes, incluindo o Brasil.
A elevação da taxa básica de juros norte-americana é uma das principais preocupações no cenário econômico mundial para 2017. O Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos) decidiu, no final de 2016, aumentar a taxa e informou que prevê mais três aumentos da taxa em 2017. A subida torna mais atrativas as aplicações no mercado norte-americano em relação a outros países, principalmente entre os emergentes, incluindo o Brasil.
A elevação anunciada em meados de dezembro mudou os juros da faixa de 0,25% a 0,5% para 0,5% a 0,75%. A mudança ocorreu depois que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) sinalizou que a economia local registrava inflação e nível de desemprego baixos.
"Se aumenta lá, sempre há um desequilíbrio no que diz respeito à distribuição de recursos internacionais. No caso do Brasil, há um volume de recursos aqui por causa da atratividade do preço do dinheiro (taxas elevadas de juros). Mas se a taxa americana sobe, isso criará atratividade lá, já que as poupanças internacionais passam a ser alocadas para os Estados Unidos", explica o economista Paulo Dantas da Costa, ex-presidente do Cofecon (Conselho Federal de Economia).
Com taxas melhores no mercado dos EUA, segundo o especialista, os investidores internacionais mudam suas posições, principalmente quando se trata dos títulos do Tesouro americano, de baixíssimo risco. "Agora, além da segurança, tem-se a rentabilidade", afirma Costa.
Além da variação da taxa básica de juros, a mudança de comando nos Estados Unidos, com a chegada de Donald Trump à presidência, também deve ter reflexos diretos na economia mundial no próximo ano. "Tenho visto com certa apreensão a variável Trump", avalia Costa, principalmente por causa de declarações do presidente eleito em defesa de empresas norte-americanas. Para a Europa, a expectativa para o próximo ano, segundo o economista, é que a região mantenha o desempenho econômico fraco registrado em 2016. No relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), divulgado em novembro, o crescimento estimado para o continente em 2017 é de 3,3%, apenas 0,1 ponto percentual acima da avaliação anterior da organização. "Acho que a Europa não acompanha o resto do mundo no desempenho econômico. Especialmente quando se compara com a economia chinesa e a americana", compara Costa.
No caso da China, os indicadores mostram que o crescimento econômico do país deve desacelerar em 2017, com uma política monetária mais restritiva. A projeção de crescimento é de 6,5% ante os 6,7% que devem ser registrados em 2016. "Chega em um ponto que vai à exaustão, porque não existem fatores econômicos que deem sustentação a crescimentos de 6%, 7% ao ano. Mas, no caso chinês, a gente faz uma ressalva, porque é um país que tem um mercado interno de mais de 1,4 bilhão de pessoas. É completamente diferente quando se compara ao mercado brasileiro, com aproximadamente 200 milhões de pessoas", disse Costa.
 
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