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- Publicada em 31 de Janeiro de 2017 às 18:46

Um clássico norte-americano

Por que ler os clássicos? É uma obra bem conhecida do escritor, crítico e professor italiano Italo Calvino e se aplica bem a livros como As aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain, um clássico que ultrapassa os séculos e segue encantando leitores mundo afora.
Por que ler os clássicos? É uma obra bem conhecida do escritor, crítico e professor italiano Italo Calvino e se aplica bem a livros como As aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain, um clássico que ultrapassa os séculos e segue encantando leitores mundo afora.
Falando sobre o genial repórter, escritor e palestrante Mark Twain, Ernest Hemingway, Nobel de Literatura, escreveu: toda a literatura moderna norte-americana se origina de um livro escrito por Twain chamado As aventuras de Huckleberry Finn. Todavia, a obra mais famosa de Twain permanece As aventuras de Tom Sawyer (Via Leitura, 272 páginas, R$ 41,00, tradução de Alexandre Sanches Camacho), um clássico norte-americano e também da literatura universal.
A nova edição, lançada há poucos dias no Brasil pelo selo da Edipro, apresenta o projeto gráfico lançado em 1876 com texto integral e as ilustrações da primeira edição, de True Williams. Lançado sem maiores pretensões na época, o romance revolucionou ao fortalecer a voz das comunidades sulistas dos Estados Unidos com os personagens icônicos Huck, Jim e o próprio Tom.
Mark Twain, pseudônimo de Samuel Langhorne Clemens (1835-1910) nasceu na pequena Hannibal, às margens do Missouri. O local teria sido inspiração para o ficcional vilarejo São Petersburgo, de muitas obras do autor. Publicou 28 livros e tornou-se um dos maiores expoentes da literatura dos Estados Unidos. Twain chegou a trabalhar como piloto de barco a vapor no rio Mississipi antes da carreira intelectual.
As aventuras de Tom Sawyer traz Tom, jovem órfão peralta, tia Polly, os amigos Huck, Jim e revela as artimanhas de Tom, preguiçoso, que só quer matar aula, flertar com a menina Becky, fugir do trabalho e, um dia, ser um grande pirata. Tom e Huck, que buscavam um tesouro, acabam presenciando um assassinato. Muita coisa muda. Os dois ficam famosos no vilarejo escravocrata em que vivem. Logo no início do romance, Tom consegue convencer os amigos de como é gostoso trabalhar e, assim, livra-se de fazer sozinho uma tarefa que lhe havia sido imposta como castigo. Tom, ao mesmo tempo, tem a ingenuidade característica da infância e a sagacidade de um adolescente que pensa que sabe de tudo.
A obra tem o dom de despertar o universo infantil que está adormecido em nós. Mostra as aventuras de um garoto problema, uma sátira à realidade norte-americana e, até hoje, traz Tom como símbolo da esperteza, da malandragem e do encantamento das crianças com o mundo.
Até hoje Tom Sawyer é referência artística e influência cultural. Canção de rock, quadrinhos, cinema, séries de TV, animações e obras literárias têm citado Tom. Umberto Eco, por exemplo, citou-o em A misteriosa chama da rainha Loanna. Vale ler o clássico.

lançamentos

  • 18 Poemas de Luiz Coronel - Leídos el 18 de Enero de 2017 em la Residencia de Estudiantes - Poesia em La Residencia é o caderno que embasou eventos organizados pela Embaixada Brasileira - Madrid e Residência de Estudantes, com colaboração do governo espanhol. "Um cronista inesperado" foi alvo de trabalho de cátedra na Universidade de Salamanca.
  • Press - AD Advertising - Edição 174 Ano 20, revistas da Athos Editora, direção geral de Julio Ribeiro e edição de Altair Nobre, trazem cobertura completa do Prêmio Press 2016, entrevistas com Rosane Marchetti e Ivan Novello, mais matéria sobre as trajetórias reconhecidas com o Prêmio Orígens na Semana ARP.
  • Mulheres extraordinárias (Martins Livreiro Editora) traz textos sobre mulheres, feminismo etc, das alunas da Oficina de Criação Literária Alcy Cheuiche: Anna Ledur, Beatriz Berghahn, Célia Zingler, Denise Maia, Eneida Ferrari, James Dominot, Luiza Cheuiche, Maria Cunha, Magda Costa, Neusa Tolfo, Sonia Tizoni e Tânia Mendonça.

Quanto maior a altura...

Vaidade de vaidades! É tudo vaidade! Está lá no Eclesiastes, um dos melhores livros da Bíblia, o mais filosófico, e que traz as palavras do sábio Rei Salomão. Quanto maior a altura, maior o tombo, diz a sabedoria popular. A trajetória e a prisão de Eike Batista, da Lamborghini na sala para o vazio das quatro paredes da cela, faz lembrar essas coisas e muito mais. De homem mais rico do Brasil, ex-candidato a number one do mundo, para processado, preso e destituído de muitos de seus bens, Eike é um dos casos mais vertiginosos de subida e descida num mundo acostumadíssimo a assistir queimas diárias na fogueira das vaidades. Nascido em berço de ouro, educado em escolas no exterior, filho de brasileiro com alemã, altamente disciplinado e trabalhador, Eike teve segurança de nascença e liberdade para fazer da vida o que achasse melhor. Zygmunt Bauman, pensador austríaco falecido há poucos dias, disse que "na vida temos dois valores satisfatórios: segurança e liberdade. Segurança sem liberdade é escravidão, liberdade sem segurança é um completo caos. O problema é que ninguém na história encontrou a fórmula dourada entre segurança e liberdade".
Dinheiro e segurança Eike sempre teve de sobra, como poucos. Liberdade claro que nunca lhe faltou. Será que foi isso, então, será que ele, igual a muitas pessoas, não encontrou o ponto de equilíbrio, o limite entre a segurança e a liberdade sem limites? É claro que Eike não era um exército de um homem só e, apesar de ser ícone de um novo tipo de empresário e até de um novo Brasil, jamais andou e trabalho sozinho, em termos privados ou públicos. Eike sempre esteve cercado de amigos, sócios e buscou relacionamento com o poder público. Como ele mesmo disse, agora quer colaborar com a Justiça, prestar contas, pagar por suas responsabilidades e acha que a Lava Jato e tudo mais estão tornando o Brasil melhor. É aguardar e, por enquanto, aprender com as duras lições que a vida e o tempo estão lhe dando. O drama do empresário certamente poderia inspirar o dramaturgo inglês William Shakespeare apresentando, quem sabe, as nuances psicológicas dos envolvidos, o contorno familiar e sociológico e as questões de época, bem como as influências das pessoas que gravitavam em torno do homem que seduzia plateias e plateias com propostas de negócios fulgurantes.
Espera-se que a mídia seja menos repetitiva a respeito do tema e busque apresentar aspectos do homem, do empresário, da trajetória, dos fatos e de tudo o que ocorreu, para que o próprio Eike, os brasileiros e o Brasil tirem o proveito possível da experiência trágica que, se infelizmente ocorreu, que agora ao menos sirva de exemplo a não ser seguido e para que a gente vá, ao menos, tentando passar o Brasil a limpo.
Bem que a gente desejaria ver outro filme, mas, fazer o quê, é o que temos para hoje.

a propósito...

É inacreditável que depois de milênios de civilização e experiência humana, algumas pessoas, como aconteceu há pouco e infelizmente numa cidade gaúcha, consigam enganar praticamente uma cidade inteira, causando prejuízos morais, psicológicos e financeiros. Um cidadão, ex-bancário, sumiu com milhões de reais de muitos cidadãos, prometendo alta taxa de juros de empréstimo. Quando a esmola é demais, até o Santo desconfia. Abra o olho. Pior é quando o malandro ou a falcatrua é a nível estadual, federal ou mundial. Fique seguro, use sua liberdade com moderação. Almoço de graça só ali no Sopão da Getúlio Vargas e outros locais caridosos.