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JC Contabilidade

- Publicada em 12 de Janeiro de 2017 às 16:24

Melhorar a gestão está no topo das prioridades dos escritórios

Para Chamun, os empresários contábeis devem voltar sua atenção principalmente às áreas de comunicação, gestão de pessoas e tecnologia

Para Chamun, os empresários contábeis devem voltar sua atenção principalmente às áreas de comunicação, gestão de pessoas e tecnologia


MARCO QUINTANA/JC
Roberta Mello
Se as empresas contábeis realizassem as famosas listas com resoluções de Ano-Novo, o topo seria ocupado pela necessidade de melhoria da gestão empresarial. Enquanto 2015 e 2016 foram voltados especialmente à garantia de sobrevivência das empresas e às renegociações de honorários e serviços prestados na tentativa de manter os clientes, 2017 deve ser o momento de investir em planejamento.
Se as empresas contábeis realizassem as famosas listas com resoluções de Ano-Novo, o topo seria ocupado pela necessidade de melhoria da gestão empresarial. Enquanto 2015 e 2016 foram voltados especialmente à garantia de sobrevivência das empresas e às renegociações de honorários e serviços prestados na tentativa de manter os clientes, 2017 deve ser o momento de investir em planejamento.
"A grande meta é evoluir na gestão das empresas contábeis nas suas mais diversas frentes", disse o presidente do Sescon-RS, Diogo Chamun. Os empresários contábeis devem voltar sua atenção principalmente às áreas de comunicação, gestão de pessoas e tecnologia, afirmou Chamun, enquanto comemorava os avanços da categoria no Dia do Empresário Contábil, em 12 de janeiro.
JC Contabilidade - Como você avalia o ano passado para a classe contábil e a atual situação vivida pelos empresários contábeis?
Diogo Chamun - As empresas de contabilidade seguiram a onda das crises que viveram em 2016. Isso é inevitável, já que elas atendem pessoas físicas ou jurídicas, que estão inseridas na crise econômica que vivemos tanto em 2015 quanto em 2016. O ano não foi bom em termos financeiros, mas esse é o período em que as empresas têm de se organizar. Eu acredito que muitas tenham utilizado esse momento ruim para se organizar internamente, já que economicamente não foi um ano bom.
Contabilidade - Como as empresas contábeis driblaram a retração nas contas e fechamento de clientes?
Chamun - Teve de tudo um pouco. Como a economia estava muito ruim, as empresas contábeis tiveram decréscimo de receitas, porque os clientes se reduziram de tamanho e diminuíram o faturamento. Também tivemos casos de empresas fechando. Isso tem efeito nas empresas contábeis, principalmente na redução de honorário. É evidente que tivemos empresas na contramão, com crescimento, mas, via de regra, os empresários contábeis tiveram de renegociar os valores dos serviços prestados.
Contabilidade - A definição de honorários e a dificuldade em valorar os serviços prestados ainda são uma dificuldade para o segmento? Como o Sescon pretende abordar isso durante 2017 para que os associados tentem reaver os valores perdidos nas negociações?
Chamun - O papel do Sescon é sempre defender a atuação das empresas de contabilidade. Já temos uma atuação muito forte em termos de capacitação da área técnica, da execução do trabalho em si. Em 2016, tivemos em média um curso por dia útil produzido em todo o estado do Rio Grande do Sul. O que temos feito para ajudar na gestão é também disponibilizar outros cursos de capacitação na área. Um exemplo é um curso de pós-graduação totalmente customizado para a área de gestão de serviços contábeis que estamos oferecendo. Esse curso trata de marketing, gestão de pessoas, evaluation, uma série de circunstâncias voltadas exclusivamente à gestão. Assim como temos também o Egescon, totalmente voltado à gestão, e outros fóruns de debate. O sindicato tem as obrigações de capacitação técnica e está reforçando essa parte de capacitação para a gestão, que é para os empresários poderem se preparar para passar tanto pela renegociação de honorários quanto pela readequação de serviços e melhorias nos processos.
Contabilidade - Além disso, está muito em pauta o investimento em Tecnologia da Informação e a retenção de talentos nas corporações. Essas são dificuldades enfrentadas na área contábil também?
Chamun - Sim, quando a gente fala em gestão, tem de falar em melhoria dos processos, da comunicação, na questão tecnológica e melhoria dos produtos. A grande meta para 2017 é evoluir na gestão das empresas contábeis nas suas mais diversas frentes.
Contabilidade - E quanto aos conhecimentos técnicos, tem algum assunto que você destacaria que os contadores devem ficar atentos nos próximos meses?
Chamun - O que eu ressalto nem é uma obrigação acessória executada pela empresa contábil, é a eFinanceira (nova forma de prestação de informações pelas instituições financeiras ao Fisco). A obrigação é entregue apenas pelas instituições financeiras, porém o impacto é muito grande para todas as empresas. Os bancos estão entregando todas as movimentações financeiras e expondo as informações. Assim toda a movimentação bancária de uma empresa, e isso inclui as informações sobre consórcios, seguros, investimentos em valores imobiliários, são informadas à Receita Federal. A minha preocupação não é a execução disso, mas o reflexo que traz para as pequenas e médias empresas em termos de exposição ao Fisco.
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