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Política

- Publicada em 21 de Dezembro de 2016 às 17:56

Extinguir a FEE foi uma 'grande falta de estudo', afirma presidente do Corecon-RS

Extinção da FEE mobilizou servidores e economistas em favor da fundação

Extinção da FEE mobilizou servidores e economistas em favor da fundação


FREDY VIEIRA/JC
Amanda Jansson Breitsameter
A extinção da Fundação de Economia e Estatística (FEE), aprovada na madrugada desta quarta-feira (21) pela Assembleia Legislativa, repercutiu entre os mais diversos setores da sociedade. Fundada em 1973, a fundação produz estatísticas e análises socioeconômicas do Estado do Rio Grande do Sul, incluindo cálculos do PIB, Idese, exportações, PED e assessorias ao governo.
A extinção da Fundação de Economia e Estatística (FEE), aprovada na madrugada desta quarta-feira (21) pela Assembleia Legislativa, repercutiu entre os mais diversos setores da sociedade. Fundada em 1973, a fundação produz estatísticas e análises socioeconômicas do Estado do Rio Grande do Sul, incluindo cálculos do PIB, Idese, exportações, PED e assessorias ao governo.
Em entrevista ao Jornal do Comércio, a presidente do Conselho Regional de Economia do RS (Corecon-RS), Simone Magalhães, afirmou que a decisão de fechar a fundação, que foi extinta junto a outras sete fundações públicas, foi a demonstração de uma "grande falta de estudo" por parte do governo do Estado, autor do projeto. "Com essa extinção, o governo tem uma perda absurda num momento em que mais precisava desse suporte econômico, desses indicadores", afirma.
Sobre a promessa de alívio nas contas públicas com o fechamento da fundação, Simone rebate: ela representa 0,07% do orçamento do Estado. "A FEE com certeza representa muito pouco gasto frente ao que retorna para o Estado", defende a economista. "Os dados que eles produzem não são apenas usados pelo governo, mas por universidades, veículos de imprensa e pesquisadores", aponta.
Para o conselho – órgão de representatividade máxima dos economistas no Estado –, a falta de garantias de imparcialidade de uma empresa privada contratada para produzir esses indicadores econômicos também é um problema. "Em uma empresa privada não há isenção", destaca Simone. "Além disso, quanto dinheiro seria necessário para pagar a contratação de uma consultoria para fazer um trabalho que a FEE já realiza? Para o qual já tem inclusive toda uma equipe formada?", questiona a economista.
Segundo ela, mesmo um das grandes argumentos, de que "a FEE não se paga", não tem validade. "A FEE não se paga porque 95% do que ela produz são para o Estado, a população e a Academia", defende. "Se o Estado pagasse a FEE, ela se bancaria", argumenta.
Em nota divulgada no final da tarde desta quarta-feira, o Corecon-RS lamentou oficialmente a decisão do Legislativo, explicou que entende que a crise atual "exige decisões que venham recuperar novamente as condições financeiras do Estado", mas que, pra sair da recessão, o Rio Grande do Sul precisa da FEE para "análises econômicas consistentes, construídas a partir de variáveis e indicadores que possibilitem as condições necessárias para entender as oscilações do mercado e, assim, traçar cenários e metas em busca da transformação desejada".
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