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Política

- Publicada em 19 de Dezembro de 2016 às 16:33

Moro aceita denúncia e Lula vira réu pela quinta vez

Lula responderá por corrupção e lavagem

Lula responderá por corrupção e lavagem


YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
O juiz Sergio Moro aceitou mais uma denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passa agora a ser réu em cinco ações penais - três na Operação Lava Jato, uma na Operação Zelotes e uma na Operação Janus.
O juiz Sergio Moro aceitou mais uma denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passa agora a ser réu em cinco ações penais - três na Operação Lava Jato, uma na Operação Zelotes e uma na Operação Janus.
Nesta nova ação, Lula responderá por crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro relacionados à empreiteira Odebrecht.
Também viraram réus a ex-primeira - dama Marisa Letícia, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e o ex-ministro Antonio Palocci e um de seus assistentes, Branislav Kontic, além de outras quatro pessoas.
De acordo com a acusação dos procuradores, parte das propinas pagas pela Odebrecht em contratos da Petrobras foi destinada para a aquisição de um terreno na zona Sul de São Paulo onde seria construída a sede do Instituto Lula.
O pagamento teria sido intermediado pelo ex-ministro Palocci, que atuava como um "operador de propinas para o PT", segundo o Ministério Público. O terreno, comprado por um amigo e antigo sócio de Marcelo Odebrecht, acabou não sendo utilizado para o instituto e foi vendido.
A denúncia sustenta ainda que o dinheiro de propina também foi usado para comprar um apartamento vizinho à cobertura onde mora o ex-presidente, em São Bernardo do Campo (SP), que é alugado pela família de Lula. Para o Ministério Público, o fato caracteriza uma ocultação de patrimônio.
Moro afirmou, em despacho, que a aceitação da denúncia "não significa juízo conclusivo quanto à responsabilidade criminal" do petista.
"Evidentemente, trata-se apenas de elementos probatórios aqui elencados em exame sumário", escreveu o magistrado.
Para Moro, há provas "questionáveis" sobre o envolvimento consciente ou não de Lula no esquema criminoso, como sustenta o Ministério Público, mas uma conclusão definitiva sobre o tema não é obrigatória nessa fase do processo.
O juiz destacou evidências como o fluxo de pagamentos pelo futuro terreno do Instituto Lula, as anotações da planilha de propinas da Odebrecht e afirmações de testemunhas dizendo que o apartamento de São Bernardo do Campo se destinava ao ex-presidente.
Na quinta-feira passada, quando o Ministério Público Federal apresentou a denúncia, o Instituto Lula divulgou nota afirmando que a peça "repete maluquices da coletiva do Power Point". Trata-se de uma referência a uma apresentação de slides de Dallagnol, em setembro, em que o procurador acusou o petista de chefiar o petrolão.
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