Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 23 de Dezembro de 2016 às 16:12

Trumpasso na democracia

Quando fenômenos ocorrem e desafiam a nossa compreensão, apelamos aos enigmas ou às respostas teológicas, que nem sempre explicam, mas nos tranquilizam. Igual circunstância ocorre quando conjunturas sociais ou políticas assumem o embasamento de catástrofe universal. No que tange a sufrágios que envolvem ideais e princípios de um povo, nada mais consolador do que neologismos, cognomes e apodos. "Trumpasso", neologicamente, significa uma tranca de ferro na transversal de uma porta. O neologismo do título significa uma obliteração da soberania e da consciência popular. Um golpe nas aspirações de uma nação atormentada pelas forças sinistras que a envolvem. A fatídica ocorrência histórica foi como que descerrar as cortinas do passado, porque expondo a psicologia de um povo, ainda de calças curtas, submetido à incoerência demagógica. Capatazes - como aqui e lá - agem como áulicos a mando do coronelismo, senhores do voto de cabresto que assim procedem. O americano que sufragou Trump pertence a uma geração paralisada no tempo, de um tempo que celeremente se desmorona. Em vez de pensar, é "pensado", sem condições de compreender as mutações caleidoscópicas da era atual, nem a heterogeneidade imanente ao espírito humano. O eleitor americano dificilmente abstrai e, em vez de pensar, opta por obedecer; em vez de exercer a democracia, vive no antagonismo plutocrático, a sonhar em ser do mesmo nível. São os herdeiros de um passado ainda presente que brindou os menestréis do capitalismo ao pálio da fama: os Hoovers e os Fords.
Quando fenômenos ocorrem e desafiam a nossa compreensão, apelamos aos enigmas ou às respostas teológicas, que nem sempre explicam, mas nos tranquilizam. Igual circunstância ocorre quando conjunturas sociais ou políticas assumem o embasamento de catástrofe universal. No que tange a sufrágios que envolvem ideais e princípios de um povo, nada mais consolador do que neologismos, cognomes e apodos. "Trumpasso", neologicamente, significa uma tranca de ferro na transversal de uma porta. O neologismo do título significa uma obliteração da soberania e da consciência popular. Um golpe nas aspirações de uma nação atormentada pelas forças sinistras que a envolvem. A fatídica ocorrência histórica foi como que descerrar as cortinas do passado, porque expondo a psicologia de um povo, ainda de calças curtas, submetido à incoerência demagógica. Capatazes - como aqui e lá - agem como áulicos a mando do coronelismo, senhores do voto de cabresto que assim procedem. O americano que sufragou Trump pertence a uma geração paralisada no tempo, de um tempo que celeremente se desmorona. Em vez de pensar, é "pensado", sem condições de compreender as mutações caleidoscópicas da era atual, nem a heterogeneidade imanente ao espírito humano. O eleitor americano dificilmente abstrai e, em vez de pensar, opta por obedecer; em vez de exercer a democracia, vive no antagonismo plutocrático, a sonhar em ser do mesmo nível. São os herdeiros de um passado ainda presente que brindou os menestréis do capitalismo ao pálio da fama: os Hoovers e os Fords.
Supomos que apenas realizamos um alerta sobre um episódio histórico de um pleito que consagrou a cegueira imanente do espírito coletivo, que escancarou as portas da ressurreição do Colt 45 e da Winchester de repetição. Um governo conduzido por um dirigente ambíguo, contraditório e plutocrático só poderá imprimir ditames execráveis. Com Trump, dada a infalibilidade de conduta e decisões, qualquer ocorrência poderá desestabilizar a sociedade. Um governante assim será um retrato ampliado de Tibério e Calígula, que a ferro e fogo arrasaram o Império Romano.
Jornalista e psiquiatra
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO