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Opinião

- Publicada em 07 de Dezembro de 2016 às 18:46

Educação nacional precisa de melhor qualidade

O ano de 2016 está terminando, mas as notícias desalentadoras não acabam. É que o Brasil teve um desempenho ruim na área educacional. Levantamento feito pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) mostrou que, em 2015, o País regrediu em termos de leitura, ciências e matemática.
O ano de 2016 está terminando, mas as notícias desalentadoras não acabam. É que o Brasil teve um desempenho ruim na área educacional. Levantamento feito pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) mostrou que, em 2015, o País regrediu em termos de leitura, ciências e matemática.
Participaram da edição 540 mil estudantes que, por amostragem, representaram 29 milhões de alunos dos países pesquisados. A avaliação incluiu os 35 membros da OCDE, além de economias parceiras, total de 72 países. O fato é que o Brasil ficou na 63ª posição entre as 70 nações avaliadas.
São estudantes entre 15 anos e três meses completos e 16 anos e dois meses completos no início do período de aplicação, matriculados no país participante e que estejam cursando no mínimo a 7ª série/ano.
No Brasil, o Pisa foi feito em 2015 com 23.141 estudantes, de 841 escolas das 27 unidades federativas. Por isso, nos obrigamos em voltar à máxima de que somente através da educação, desde a mais tenra idade, o Brasil mudará o muito que tem de errado na sociedade. Disparidades socioeconômicas, vilas onde vivem mulheres e crianças às margens de córregos fétidos, insalubres e disseminadores de doenças.
Nenhum país no mundo conseguiu alçar voos rumo à modernidade e à igualdade social, com parâmetros bons de produção, tecnologia, emprego e baixos índices de violência, a não ser através da educação maciça e obrigatória. A prova é aplicada a cada três anos para alunos dos 34 países da OCDE, considerados de primeiro mundo, e outros países convidados, como o Brasil, que participa desde 2000. As áreas do conhecimento avaliadas são matemática, ciência e leitura.
A cada edição do exame, uma área é enfatizada - nesse último, matemática foi o foco. Por causa do desempenho abaixo do ideal, o País continua ocupando um dos últimos lugares na lista de nações. Junto com Turquia, México, Chile, Portugal, Hungria, Eslováquia, Polônia e Cazaquistão, aparecemos como um dos países com contextos socioeconômicos mais desafiadores. Entre esses listados, estamos em último lugar.
Os alunos que possuem as piores médias melhoraram a sua performance em cerca de 65 pontos - o equivalente, segundo a OCDE, a mais de um ano e meio de aprendizado. No entanto, o maior problema do País na prova é o baixo nível de proficiência dos alunos nas três áreas do conhecimento avaliadas: 0% atingiram o nível 6, o mais avançado do aprendizado. Já a maioria ficou entre os piores níveis. Ainda temos muitos alunos com baixo desempenho nas áreas avaliadas. Não apenas a média dos brasileiros foi baixa como tem muita gente concentrada abaixo do nível adequado. Esses alunos que saem do Ensino Fundamental e são avaliados pela prova acabam tendo o desempenho que se espera de um aluno do 5º ou 6º ano.
Agora, com a popularização de tablets e jogos, sem incentivo à leitura, à redação, ao aprendizado de aritmética elementar, como saber, decorada, a tabuada de um a 10, em breve, veremos uma multidão de jovens da classe média e que não saberão fazer uma redação ou ler um texto.
"Desenharão" letras e gaguejarão ao ler um trecho de Fernando Pessoa. Aí vem o que se chama de saudosismo, quando os alunos escreviam no quadro com giz, liam em voz alta perante a turma, escreviam em folhas com pauta para bem colocarem o cedilha, o efe e outras letras, além de praticarem com muitas redações. É, mas isso ficou em algum lugar do passado. Desgraçadamente, para o ensino e a educação.
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