O governo russo disse que não considera, apesar de não descartar, que uma ação terrorista tenha provocado a queda de um avião militar do país no Mar Negro no domingo. A aeronave, um Tupolev-154 no qual viajavam 84 passageiros e oito tripulantes, desapareceu dos radares cerca de 20 minutos após decolar do distrito de Adler, próxima ao balneário de Sochi, no sul do país. Não há sobreviventes.
A aeronave partiu do aeroporto militar de Chkalovsky, em Moscou, e havia parado em Sochi para reabastecer. O ministro dos Transportes da Rússia, Maxim Sokolov, afirmou ontem, na televisão, que uma falha técnica ou erro do piloto, e não terrorismo, tenha sido a provável causa do acidente aéreo. As operações de resgate dos corpos continuam. Mais de 3.500 pessoas em 45 navios - incluindo 135 mergulhadores - fazem uma varredura no local do acidente e ao longo da costa, com o apoio de cinco helicópteros e drones, de acordo com o Ministério da Defesa do país.
Ontem pela manhã, as equipes que trabalham nas buscas resgataram 11 corpos. Todos foram levados para Moscou, para processo de identificação.
O comandante-chefe da Força Aérea russa, Viktor Bondarev, disse que a caixa-preta do avião foi localizada, aparentemente intacta. A maioria dos corpos ainda deve estar dentro do avião, disse Veniamin Kondratyev, governador da região onde ocorreu o acidente.