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Internacional

- Publicada em 06 de Dezembro de 2016 às 16:03

Tortura é aceitável para 46% dos norte-americanos, mostra pesquisa

Os norte-americanos se sentem mais confortáveis com a prática de tortura em guerras do que cidadãos de países em conflito como afegãos, sírios, iraquianos e sudaneses. Nos Estados Unidos, 46% acreditam que um inimigo capturado possa ser torturado para se obter informações, enquanto 30% acham que não. O número só é inferior aos de Nigéria (70%) e Israel (50%).
Os norte-americanos se sentem mais confortáveis com a prática de tortura em guerras do que cidadãos de países em conflito como afegãos, sírios, iraquianos e sudaneses. Nos Estados Unidos, 46% acreditam que um inimigo capturado possa ser torturado para se obter informações, enquanto 30% acham que não. O número só é inferior aos de Nigéria (70%) e Israel (50%).
Esses são alguns dos resultados do levantamento "Vozes da Guerra", uma pesquisa do Comitê Internacional da Cruz Vermelha com mais de 17 mil pessoas, realizada entre junho e setembro de 2016, em 16 países. Dez dos países estavam passando por conflito armado na época que a enquete foi feita, entre eles Iraque, Afeganistão, Sudão do Sul, Nigéria e Palestina.
Foram ouvidas pessoas nos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (França, EUA, China, Rússia e Reino Unido) e na Suíça. A pesquisa mostra que a tolerância ao uso da tortura vem aumentando - em 1999, 66% eram contrários à tortura, número que caiu para 48% no levantamento atual.
"O clima de medo dos últimos cinco a dez anos fez com que o tabu em torno do uso da tortura diminuísse; as pessoas acreditam estar sob ataque constante, por isso, para eles, qualquer meio de defesa é permitido", afirmou Vincent Bernard, editor-chefe da publicação da Cruz Vermelha.
A pesquisa traz também dados animadores. Para 82% das pessoas, atacar hospitais é inaceitável, e para 67%, as convenções de Genebra são importantes para impor limites à guerra. A legislação humanitária estabelece que não se podem atacar hospitais e profissionais de saúde durante guerras; é necessário permitir a entrada de medicamentos, são vedados o ataque a cidades desprotegidas, a tortura ou tratamento desumano de prisioneiros.
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