A quantidade de pessoas que migram para o Reino Unido se mantém em nível recorde e mais gente do que nunca desse contingente é oriundo de outras nações da União Europeia (UE), informou nesta quinta-feira o Escritório Nacional de Estatísticas do país. Calcula-se que 284 mil cidadãos da UE, um número sem precedentes, chegaram de janeiro a junho, pouco antes da realização de um plebiscito no qual a população decidiu pela saída do bloco.
A imigração foi um aspecto crucial no plebiscito, no qual 52% dos britânicos votaram a favor da saída da UE. Muitos dos que respaldaram o chamado Brexit fizeram isso porque querem que o Reino Unido tenha maior controle sobre a imigração, o que é difícil no âmbito do princípio europeu da liberdade de deslocamento. As autoridades britânicas têm como plataforma "recuperar o controle" e frear o deslocamento de cidadãos da UE para o território britânico. Até o momento, porém, não está claro que estratégias serão usadas para isso.
A imigração líquida a longo prazo - diferença entre os que chegam e os que saem do país - é de 335 mil, quando no ano anterior ela estava em 336 mil. A imigração líquida de cidadãos da UE foi de 189 mil. A Romênia, com 10% do total de imigrantes, foi o país de residência anterior mais comum.
Porta-voz da premiê Theresa May, Helen Bower disse que o governo mantém a intenção de reduzir a imigração líquida a menos de 100 mil. "O governo expressou claramente seu compromisso de reduzir a imigração a níveis sustentáveis, mas levará tempo", comentou a funcionária.