A rede de Atenção Básica de Porto Alegre realiza até esta sexta-feira, na Usina do Gasômetro, uma mostra de experiências inovadoras promovidas por 152 equipes da Capital. Segundo a coordenadora-geral da Atenção Básica, Vânia Frantz, as ações envolvem grupos de caminhada, de apoio a tabagistas, de convivência, de cuidados com mães e bebês, de terapias alternativas como reiki e yoga, teatro, entre outros. "Saúde não é só médico e remédio. Uma roda de conversa, por exemplo, pode melhorar problemas do idoso como a depressão e a hipertensão. Um grupo de caminhada tanto promove a saúde quanto gera um espaço social", cita.
A Atenção Básica é a principal porta de entrada do usuário na rede municipal. É, ainda, o local para onde o indivíduo retorna após atendimentos em hospitais ou pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), para receber acompanhamento. "Por isso, precisamos pensar para além do medicamento e da questão biológica e focar a pessoa. Se há muitos idosos na região, temos que montar ações focadas neles. Se há muitas mães com crianças, da mesma forma", explica Vânia.
A primeira mostra foi realizada em 2012 e trouxe bons exemplos para serem replicados por outras equipes. "Procuramos dar espaço para todas as categorias de profissionais, sejam médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, entre outros, para fazerem menos procedimentos e saírem com os seus grupos. Também mantemos uma educação permanente para os nossos servidores, para que conheçam métodos alternativos aos que já praticam", relata a coordenadora-geral da Atenção Básica.
O número de equipes teve incremento nos últimos anos. Em 2009, havia 29 equipes de Saúde da Família, por exemplo. Hoje, são 227. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde criou o programa Apoio Institucional, no qual há visitas às unidades de saúde para averiguar como o trabalho está sendo feito e fazer sugestões de aperfeiçoamento.