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Geral

- Publicada em 06 de Dezembro de 2016 às 22:17

Para melhorar segurança, EPTC estuda implantar ciclorrotas em vias da Capital

Única ciclorrota da cidade fica na rua Gonçalves Dias, no Menino Deus

Única ciclorrota da cidade fica na rua Gonçalves Dias, no Menino Deus


MARCO QUINTANA/JC
Suzy Scarton
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) promoveu ontem uma reunião com ciclistas, cicloativistas e servidores para falar sobre alternativas que ofereçam maior segurança aos usuários de bicicleta em Porto Alegre. Na ocasião, a EPTC apresentou estudos que mapeiam quais são as vias onde ocorrem a maior parte dos acidentes envolvendo ciclistas. A partir daí, sugeriu medidas que poderiam beneficiar os usuários, como a implementação de ciclorrotas e de rotas de ciclistas.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) promoveu ontem uma reunião com ciclistas, cicloativistas e servidores para falar sobre alternativas que ofereçam maior segurança aos usuários de bicicleta em Porto Alegre. Na ocasião, a EPTC apresentou estudos que mapeiam quais são as vias onde ocorrem a maior parte dos acidentes envolvendo ciclistas. A partir daí, sugeriu medidas que poderiam beneficiar os usuários, como a implementação de ciclorrotas e de rotas de ciclistas.
As ciclorrotas seriam implementadas em vias que não fazem parte do Plano Diretor Cicloviário Integrado (PDCI), mas que têm tráfego lento, de até 40 quilômetros por hora. Já as rotas de ciclistas incluem sinalização provisória em vias que estão previstas no PDCI, mas que ainda não receberam a instalação da ciclovia e cuja legislação permite o tráfego a mais de 40 quilômetros por hora. Segundo a gerente de Projetos e Estudos de Mobilidade da EPTC, Alessandra Both, nessas ruas, a modificação é mais urgente, uma vez que registram o maior número de acidentes. "A partir da reunião, receberemos sugestões para elaborar os projetos", explica. A EPTC disponibilizou um e-mail específico para receber demandas, o [email protected].
A implementação consiste na instalação de novas placas de trânsito e de tachões nas ilhas de pedestres, além da pintura do asfalto. A única ciclorrota de Porto Alegre está na rua Saldanha Marinho, no Menino Deus. No entanto, para o cicloativista da Associação dos Ciclistas de Porto Alegre Pablo Weiss, a medida não é suficiente para garantir a segurança dos usuários, uma vez que, à noite, a falta de iluminação pode inibir os ciclistas.
A avenida Sertório, na zona Norte, é uma das vias citadas pelos ciclistas como uma das mais perigosas. Lá, a EPTC propõe a implementação de uma rota para ciclistas, que consistiria basicamente em uma rota alternativa, permitindo que o usuário desvie do fluxo mais intenso. Para Weiss, essa ideia não apresenta benefícios, uma vez que o ciclista sempre vai optar pelo trajeto mais curto. "A segurança do ciclista não pode estar veiculada ao trajeto. Isso é um desvio de energia que poderia ser gasta no PDCI", observa. A EPTC preferiu não divulgar a lista completa de sugestões, uma vez que nada está definido.
A nova sinalização proposta pela EPTC pede preferência ao pedestre e ao ciclista e também lembra que a distância mínima entre o motorista de veículo e o ciclista é de 1,5 metro. Representante da Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta, Tássia Furtado questionou se a implementação das placas virá acompanhada de conscientização junto aos motoristas. A EPTC garantiu que será feito um trabalho de divulgação na mídia para esclarecer cada sinalização.
Embora tenha sido apresentada como uma pauta positiva, os cicloativistas se mostraram receosos, uma vez que as obras de ciclovias andam a passos lentos. O PDCI prevê 495 quilômetros de ciclovias ou ciclofaixas na Capital. Por enquanto, o município só concluiu 42 quilômetros, e a ciclovia da avenida Ipiranga, por exemplo, segue incompleta depois de cinco anos desde o início das obras.
 
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