O perfil da população de rua de Porto Alegre será conhecido no dia 15 de dezembro. "Iremos entregar o relatório para a prefeitura nesta semana. Aí, provavelmente a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) analisará os dados, fará questionamentos e, depois, apresentará o resultado para os cidadãos", estima o professor Ivaldo Gehlen, que coordenou o levantamento realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
Iniciado em setembro, o censo foi realizado pelos departamentos de Sociologia, Antropologia e Serviço Social da Ufrgs, contratados pela Fasc. O estudo quantiqualitativo foi feito a partir de um questionário de campo aplicado entre as pessoas em situação de rua na Capital. Além do perfil dessa população, os pesquisadores também fizeram levantamentos sobre o trabalho dos técnicos e das instituições junto a essa parcela da sociedade. Essa é a primeira vez que o município encomenda pesquisa sobre os atendimento prestado aos moradores.
A última pesquisa quantitativa ocorreu em 2011. Na época, Porto Alegre tinha 1.347 pessoas morando na rua. Gehlen não revela qual o número atual, mas reconhece que essa população aumentou durante esse período.
"Pensávamos que não havia pessoas vivendo em ruas de bairros periféricos, mas não é verdade. Praticamente todos os bairros têm população de rua", afirmou o professor, em reportagem de outubro do Jornal do Comércio. Cerca de 30 pessoas integraram as equipes de abordagem aos entrevistados.