Reunir na mesma plataforma sugestões de farmácias a cinemas, passando por restaurantes e passeios, é o objetivo do aplicativo Spotfinder. Ainda que serviços de procura e avaliação de estabelecimentos já não sejam mais novidade, fugir da segmentação e unificar informações sobre os diversos tipos de estabelecimentos próximos ao usuário é um dos diferenciais do programa. Lançado em fevereiro passado em versão beta, a expectativa é de um 2017 mais agressivo, com novos recursos e opções.
"Estamos continuamente melhorando o aplicativo nessa linha de torná-lo uma plataforma de relacionamento", argumenta o diretor da Gotobiz, empresa desenvolvedora do Spotfinder, Raffaele Veschi. Desde o início, a empresa conta cerca de 20 mil downloads nas três principais lojas de aplicativos móveis, mesmo sem ações de promoção. "Amadurecemos ele para, a partir de agora, abrir para o mercado", comenta o diretor.
O objetivo central do aplicativo, de acordo com Veschi, é criar um portal de relacionamento entre pessoas e empresas. Além do recurso de geolocalização, capaz de sugerir os estabelecimentos comerciais mais próximos ao usuário, é possível também selecioná-los por interesse e categorias distintas, de cafés a barbearias. Como utiliza a base de estabelecimentos cadastrados junto ao Google, entretanto, é possível utilizar o Spotfinder para pesquisas referentes a praticamente qualquer lugar do mundo.
"Há outros aplicativos semelhantes, mas são de nicho, de viagens ou hotéis ou restaurantes, por exemplo", comenta o diretor, citando a variedade como diferencial do aplicativo. A navegação simples também é vista como um trunfo. Desenvolvido com recursos próprios da Gotobiz, empresa com matriz em Porto Alegre e que presta serviços de presença digital, análise de dados e outras áreas, o aplicativo quer ser também uma ferramenta de curadoria dos locais. Já há listas de recomendações, por exemplo, criadas pela equipe da empresa, e novos recursos devem ser lançados no decorrer do ano.
A desenvolvedora negocia com redes de lojas a criação de espaços próprios de cada marca, onde, em um modelo pré-determinado, seria possível adicionar cardápios, localização de filiais, entre outras personalizações. O alvo são empresas de médio porte, que não possuem aplicativos próprios. Além disso, o modelo de negócios ainda prevê faturamento a partir de anúncios simples, como banners, valendo-se do conhecimento sobre os hábitos de consumo dos usuários.
Embora utilize a base de dados do Google, outro passo no curto prazo é a abertura para cadastros mais refinados de empresas diretamente no aplicativo. O cuidado com a veracidade das informações, como forma de não frustrar os usuários, também é fundamental para a empresa. O diretor conta que foram criados algoritmos capazes de reconhecer, por exemplo, estabelecimentos que já fecharam as portas. "A credibilidade passa pela qualidade da informação que se entrega", afirma Veschi.