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mercado de capitais

- Publicada em 29 de Dezembro de 2016 às 20:47

Bolsa de Valores foi melhor investimento durante 2016

Num ano de intensas mudanças no cenário interno e externo, o mercado acionário brasileiro interrompeu um ciclo de três anos de quedas consecutivas e surpreendeu os investidores. O Ibovespa, principal índice da BM&F Bovespa, teve - disparado - o maior ganho entre as demais modalidades de investimentos: subiu 38,94% no período, bem acima dos fundos de renda fixa, que renderam 14,3% e ficaram em segundo lugar no ranking de investimentos de 2016.
Num ano de intensas mudanças no cenário interno e externo, o mercado acionário brasileiro interrompeu um ciclo de três anos de quedas consecutivas e surpreendeu os investidores. O Ibovespa, principal índice da BM&F Bovespa, teve - disparado - o maior ganho entre as demais modalidades de investimentos: subiu 38,94% no período, bem acima dos fundos de renda fixa, que renderam 14,3% e ficaram em segundo lugar no ranking de investimentos de 2016.
Em dólar, o valor de mercado da bolsa brasileira teve a maior alta da América Latina, segundo dados da empresa de informações financeiras Economática. Subiu 57%, para US$ 717,14 bilhões. "Não dava para esperar um resultado desses para a bolsa neste ano. Foi uma surpresa", afirmou o economista da Tendências Consultoria Integrada, Silvio Campos Neto.
O superintendente de Investimentos do banco Santander, Marcos Figueiredo, destaca ainda que a bolsa brasileira estava em patamar muito baixo. Com a retomada da confiança, mesmo que tímida, a bolsa acaba se beneficiando, diz o executivo. O administrador de investimentos Fabio Colombo concorda. Para ele, os preços da bolsa continuam muito baixos e "é uma opção de longo prazo, pois em algum momento a economia nacional vai voltar ao ritmo normal, propiciando valorização das ações". Mas se as previsões em relação à economia se deteriorarem, o mercado pode reavaliar os investimentos.
A rentabilidade das demais aplicações foram a metade da verificada na bolsa. Com os juros em patamar elevado em boa parte do ano (a Selic começou a ser reduzida em outubro e termina 2016 em 13,75%), os fundos de renda fixa ficaram com a segunda posição no ranking de investimentos. Essas aplicações tiveram ganho médio de 14,3%, seguidas pelos fundos DI, com 14,16%.
Os títulos indexados ao IPCA, que mesclam juros e variação da inflação, tiveram ganho de 13,45% e continuam sendo uma opção interessante de longo prazo, afirma Colombo. A tradicional caderneta de poupança fechou o ano com rentabilidade de 8,3% - acima dos índices de inflação IGP-M (7,17%) e IPCA (6,3%). O câmbio, que foi líder do ranking de 2015, neste ano ficou em último lugar. O dólar caiu 17,88%. O ouro teve o segundo pior resultado do ano, com queda de 12,32%.
 

Bovespa encerra com ganho de0,75% no último pregão do ano

A Bovespa teve um pregão de tranquilidade nesta quinta-feira, 29, que encerrou o ano nos mercados financeiros. Com noticiário escasso, volume de negócios reduzido e oscilações moderadas, o Índice Bovespa fechou aos 60.227 pontos, em alta de 0,75% no dia. O volume financeiro totalizou R$ 5,01 bilhões, contra R$ 8 bilhões da média diária de dezembro.
Apesar das dificuldades na economia nacional, 2016 foi um ano bom para o mercado de ações. O Ibovespa encerrou o período com ganho nominal de 38,94%, percentual que compensou com folga as perdas de 2015, que somaram 13,31%. Quem mais lucrou em 2016 foi o investidor estrangeiro, cujos ganhos foram potencializados pela apreciação do real no período.
Em dólares, o Ibovespa acumulou ganhos de 69,18% em 2016. Até a última terça-feira (27), o saldo de investimentos estrangeiros na bolsa indicava ingresso de R$ 13,886 bilhões no ano.
O dólar acumulou em 2016 a maior queda frente ao real em sete anos. Num ano de troca de governo no Brasil, a divisa norte-americana saiu de níveis próximos de R$ 4,00 em janeiro para fechar a sessão desta quinta-feira, em R$ 3,25. Para 2017, a previsão de grande parte do mercado é de dólar para cima. Entre os fatores que podem sustentar a moeda estão incertezas com o novo governo norte-americano, elevação de juros nos Estados Unidos e a ritmo de redução da Selic no Brasil.
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