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Agronegócios

- Publicada em 29 de Dezembro de 2016 às 21:59

Governo liberou mais de R$ 51 bilhões em crédito rural

Lavouras gaúchas de arroz tiveram prejuízos devido ao clima

Lavouras gaúchas de arroz tiveram prejuízos devido ao clima


FEDERARROZ/DIVULGAÇÃO/JC
Mesmo com problemas climáticos enfrentados em 2016, o saldo foi positivo para a agricultura, avaliou, nesta quinta-feira, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, ao fazer o balanço do ano. "Dos R$ 183,1 bilhões programados para o atual Plano Agrícola e Pecuário, já foram contratados R$ 57,1 bilhões até novembro, com destaque para o Moderfrota", disse Geller. A vigência do plano vai até 30 de junho de 2017.
Mesmo com problemas climáticos enfrentados em 2016, o saldo foi positivo para a agricultura, avaliou, nesta quinta-feira, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, ao fazer o balanço do ano. "Dos R$ 183,1 bilhões programados para o atual Plano Agrícola e Pecuário, já foram contratados R$ 57,1 bilhões até novembro, com destaque para o Moderfrota", disse Geller. A vigência do plano vai até 30 de junho de 2017.
O produtor rural pôde acessar o crédito para o custeio da safra a partir de 1 de julho, data em que o Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017 entrou em vigor. Problemas climáticos, no entanto, causaram danos à produção. A seca provocou perda de 20 milhões de toneladas de grãos neste ano. As principais regiões afetadas foram a do Matopiba - formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia -, o Espírito Santo e estados do Nordeste. As lavouras de arroz do Rio Grande do Sul também tiveram sérios prejuízos. Em todos os casos, foi permitido renegociar as dívidas de custeio por até cinco anos, segundo o secretário.
O milho também exigiu atenção especial da Secretaria de Política Agrícola, porque é um insumo fundamental à agroindústria. Hoje, o País produz entre 78 milhões a 80 milhões de toneladas. Cerca de 70% da produção é consumida no mercado interno. Para equilibrar os preços do grão e abastecer a indústria, o governo autorizou a importação de milho do Mercosul e dos Estados Unidos. "A medida se mostrou acertada, e hoje os preços do grão estão estabilizados."
Segundo o secretário, 60% dos recursos ofertados pelo Moderfrota (financiamento de colheitadeiras, plantadeiras, tratores e equipamentos) já foram acessados. Assim, os R$ 5 bilhões destinados ao programa são insuficientes. Por isso, a Secretaria de Política Agrícola anunciou aporte de mais R$ 2,5 bilhões para atender à demanda. Os recursos extras serão remanejados de linhas de financiamento do Plano Agrícola com menor procura e devem estar disponíveis nos próximos dias.
Quanto à execução do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), o secretário lembra que, neste ano, foram aplicados R$ 400 milhões com o pagamento da subvenção federal. O valor representa 42% a mais do total executado em 2015. Foram beneficiados aproximadamente 75 mil produtores rurais, proporcionando cobertura para 5,5 milhões de hectares, cifras 80% superiores às alcançadas em 2015, com destaque para as culturas de soja, milho 2ª safra, trigo, maçã e uva.
"Vamos trabalhar para aumentar o valor dos recursos em 2017 e buscar a parceria das seguradoras para beneficiar o produtor rural, como a ampliação da cobertura e a melhoria dos serviços", adianta o secretário.
Ele ressaltou ainda que os pagamentos do programa têm sido realizados em dia, ao contrário de anos anteriores, quando o atraso no repasse de recursos prejudicou o Programa do Seguro Rural. "Logo que assumimos a Secretaria de Política Agrícola, priorizamos os pagamentos que estavam atrasados."
Geller se mostrou otimista em relação à atuação da secretaria. "Estamos satisfeitos, porque o crédito está chegando ao produtor e conseguimos manter o seguro. Além disso, o ministro Blairo Maggi está fazendo um forte trabalho para abrir novos mercados ao agronegócio brasileiro. Não só com relação à exportação de grãos, mas de produtos com valor agregado, que geram mais divisas para o País e renda ao produtor rural."

Produtos da agricultura familiar têm preços atualizados para 2017

Conab sugere o valor de R$ 93,06 para a saca de 60 kg do feijão

Conab sugere o valor de R$ 93,06 para a saca de 60 kg do feijão


MARCELLO CASAL JR//ABR/JC
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atualizou os preços de referência de 2017 para 27 produtos amparados pelo Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (Pgpaf). Os novos valores entram em vigor no dia 10 de janeiro.
Sempre que o valor de mercado de algum dos 27 produtos ficar abaixo do preço de referência, o agricultor tem direito a um bônus para desconto em parcelas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O cálculo do bônus é feito mensalmente pela Conab.
Os preços de referência variam de acordo com cada região. O arroz em casca natural tem o valor de R$ 34,97 a saca de 50 kg nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, enquanto nos demais estados das outras regiões vale R$ 41,97 a saca de 60 kg. O feijão tem o preço de R$ 93,06 a saca de 60 kg em todo o País, mas a variedade caupi, produzido no Nordeste, Norte e Mato Grosso, tem preço de referência de R$ 136,13.
A lista completa está prevista na Resolução nº 4.544, publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 23 de dezembro.

Chuvas beneficiam culturas no Rio Grande do Sul

As lavouras de soja no Rio Grande do Sul estão em desenvolvimento vegetativo e em início de floração das cultivares superprecoces semeadas em outubro. Apesar das chuvas irregulares dos últimos dias, a cultura necessita de monitoramento diário para amostragem de pragas e doenças. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, no município de Ijuí, algumas lavouras de soja apresentam folhas enrugadas, preocupando os produtores, pois ainda não foram identificadas as prováveis causas.
O milho no Estado apresenta diferentes estágios de desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos, com bom padrão geral. No Planalto Médio, as estimativas apontam para um rendimento entre 8 toneladas e 9 toneladas por hectare. Já no Noroeste, as folhas "retorcidas" nas espigas em formação, com perspectivas de redução do tamanho e peso do grão, preocupam os produtores. Essas lavouras que apresentavam sintomas de murchamento foram imediatamente colhidas para silagem e apresentaram boa produção de massa.
Também beneficiadas pelas chuvas dos últimos dias, as lavouras de feijão 1ª safra colhidas apresentam boa produtividade, dentro do esperado, apesar de o clima em determinadas épocas do ciclo da cultura não ter sido plenamente favorável, com ocorrência de frio na fase vegetativa e escassez de chuvas nas fases de floração e enchimento de grãos; mesmo assim, os resultados têm deixado os agricultores satisfeitos. Agricultores de várias regiões já implantam o feijão safrinha ou 2ª safra.
Estão em andamento as colheitas de uva, melão e melancia, com excelente produção. A safra do pêssego apresentou ótima produtividade e está praticamente encerrada.
As condições de produção de forragem para o rebanho leiteiro são ótimas. Há boa oferta de alimentos e foi iniciado o pastoreio nas pastagens, que apresentam muito boa condição de oferta de forragem. O período é de elevada produção de leite, ocasionando redução em torno de 15% a 20% no preço pago pelo leite ao produtor; mesmo com bonificações de qualidade e quantidade.
Com o calor extremo na semana, houve redução de produção em função do estresse térmico e alta umidade do ar, o que reduz o consumo de alimentos. Para se protegerem do calor, os animais ficam concentrados nos locais onde ainda há sombra. A estratégia no manejo dos animais é aproveitar ao máximo o pastejo noturno e no início da manhã.