Os juros futuros fecharam em leve queda nos principais contratos negociados na sessão regular da BM&FBovespa nesta segunda-feira, num ambiente de liquidez fraquíssima - apenas 220,5 mil movimentados no total.
Além de muitos investidores estarem ausentes por causa das festas de final de ano, os mercados não funcionam nesta segunda-feira na Europa e nos EUA, o que também afetou os volumes nos ativos locais.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 fechou com taxa de 11,57%, de 11,60% no ajuste de sexta-feira, 23. O DI janeiro de 2019 terminou com taxa de 11,08% (mínima), de 11,12% no último ajuste. A taxa do DI janeiro de 2021 caiu de 11,42% para 11,38%.
Os DIs passaram a sessão oscilando ao redor da estabilidade, mas com viés de baixa principalmente nos vencimentos longos, espelhando a manutenção da percepção favorável dos agentes para a inflação e para o ciclo de quedas da Selic. A pesquisa Focus divulgada na manhã desta segunda confirmou que mercado agora espera que o IPCA de 2016 ficará abaixo do teto da meta de 6,50%, depois do forte alívio visto no IPCA-15 de dezembro.
A mediana das projeções para a inflação em 2016 caiu de 6,49% para 6,40%. Para 2017, houve uma ligeira melhora, de 4,90% para 4,85%. As medianas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 e de 2017 foram revisadas, de -3,48% para -3,49% e de +0,58% para +0,50%, respectivamente.
Os juros começaram a tarde nas mínimas, mas na medida em que o dólar acelerava levemente a alta, batendo máximas, saíram dos patamares mais baixos. Também naquele momento o Tesouro Nacional divulgava as contas do Governo Central de novembro, que tiveram o pior resultado para o mês em toda a série histórica do Banco Central iniciada em 1997.
O saldo ficou dentro do previsto, mas veio pior do que a mediana das estimativas. O governo central teve déficit de R$ 38,356 bilhões no mês passado, dentro do intervalo das estimativas, que era de saldo negativo de R$ 55 bilhões a R$ 12,4 bilhões. A mediana era de déficit de R$ 35,600 bilhões.