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Economia

- Publicada em 22 de Dezembro de 2016 às 20:15

Projeção de alta do PIB em 2017 cai para 0,8%

Melhora na alta dos preços já é sentida pela população, diz Carvalho

Melhora na alta dos preços já é sentida pela população, diz Carvalho


BANCO CENTRAL DO BRASIL/DIVULGAÇÃO/JC
O Banco Central (BC) reduziu de 1,3% para 0,8% a expectativa para o crescimento da economia brasileira em 2017. A projeção está no Relatório Trimestral de Inflação de dezembro, divulgado nesta quinta-feira.
O Banco Central (BC) reduziu de 1,3% para 0,8% a expectativa para o crescimento da economia brasileira em 2017. A projeção está no Relatório Trimestral de Inflação de dezembro, divulgado nesta quinta-feira.
Para 2016, o BC diminuiu a projeção de inflação e, agora, prevê um índice de 6,5%, exatamente o teto da meta de inflação. No documento anterior, divulgado em setembro, a previsão era de 7,3%. A projeção de retração do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano, que era de 3,3%, passou para um recuo maior, de 3,4%.
Ao explicar a redução da expectativa de crescimento do PIB para o ano que vem, o BC informou que a redução é "consistente com a probabilidade maior de que a retomada da atividade econômica seja mais demorada e gradual que a antecipada previamente". A expectativa de um crescimento de 0,8% no ano que vem é resultado de projeções de alta de 4,0% no setor agropecuário, além de 0,6% na atividade industrial e 0,4% em serviços.
No relatório, o BC também apontou que a atividade econômica está aquém do esperado no curto prazo e disse que há um nível elevado de ociosidade, o que explica a redução na projeção do PIB deste ano. "Houve interrupção no processo de recuperação dos componentes de expectativas de índices de confiança e novo recuo - após interrupção de longa sequência de quedas no segundo trimestre - dos investimentos no terceiro trimestre", destacou o BC. Para 2016, a expectativa é de um recuo de 5,9% no crescimento da agropecuária, além de retrações de 3,5% na indústria e de 2,5% em serviços.
O BC avaliou que a inflação teve resultados melhores que os esperados. "A inflação recente mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência da reversão da alta de preços de alimentos, mas também com sinais de desinflação mais difundida", destacou. Apesar da expectativa de inflação para este ano ter diminuído, a projeção para 2017 foi mantida em 4,4%. Para 2018, o relatório prevê inflação de 3,6%. No documento anterior, previa 3,8%.
O diretor de Política Econômica do BC, Carlos Viana de Carvalho, esclareceu que os dados de dezembro do IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, não estão contemplados no relatório de inflação deste mês. O IPCA-15 subiu 0,19% em dezembro, o menor patamar para o mês desde 1998. Carvalho afirmou que o dado será avaliado pelo BC até a reunião de janeiro do Copom (Comitê de Política Monetária). "Nós vamos avaliar o número com toda a calma que sempre fazemos. Sem querer jogar balde de água fria, não tenho nada a dizer sobre IPCA-15", disse.
O diretor afirmou, ainda, que acredita que uma melhora na inflação já está sendo sentida pela população, especialmente no que se refere ao preço de alimentos. "Imagino que já esteja, de alguma forma, permeando os domicílios."
Carvalho evitou comentar as diferentes previsões de analistas do mercado para a redução da Selic, a taxa básica de juros, na reunião do Copom de janeiro. "Nós não nos vemos no papel de doutrinar o movimento da curva de juros de curto prazo. É natural que haja pessoas com visões distintas. O mercado vai refletir um equilíbrio dessas visões distintas. Não nos cabe comentar se dado movimento faz sentido ou não", disse.
Carvalho afirmou, ainda, que o BC "segue enfatizando" a importância da aprovação da PEC do Teto de Gastos e a tramitação do texto que altera as regras da Previdência. Ele lembrou que a expectativa é que a proposta de alteração na Previdência tenha um processo de debate mais longo e, portanto, uma tramitação mais lenta que o texto que estabeleceu limite para os gastos públicos. "Até agora, a evolução tem sido favorável, com aprovação da PEC (do Teto de Gastos), encaminhamento da PEC da Previdência", disse.
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