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Economia

- Publicada em 14 de Dezembro de 2016 às 20:04

Bovespa acelera perdas após alta de juro nos EUA e fecha em baixa de 1,80%

Agência Estado
Nesta quarta-feira (14), a Bovespa acompanhou a reação negativa dos demais ativos domésticos e das bolsas norte-americanas ao comunicado do Federal Reserve, acelerando as perdas e renovando mínimas após a divulgação. O banco central norte-americano endossou a aposta consensual e subiu o juro para a faixa entre 0,50% e 0,75%, mas sinalizou mais três elevações da taxa por ano até 2019, o que trouxe apreensão aos mercados emergentes.
Nesta quarta-feira (14), a Bovespa acompanhou a reação negativa dos demais ativos domésticos e das bolsas norte-americanas ao comunicado do Federal Reserve, acelerando as perdas e renovando mínimas após a divulgação. O banco central norte-americano endossou a aposta consensual e subiu o juro para a faixa entre 0,50% e 0,75%, mas sinalizou mais três elevações da taxa por ano até 2019, o que trouxe apreensão aos mercados emergentes.
O Ibovespa fechou na mínima de 58.212 pontos (-1,80%). Na máxima, avançou apenas 0,10%, com 59.338 pontos. O volume foi de R$ 13,260 bilhões. Em dezembro, a bolsa tem perdas de 5,97% e em 2016, avanço de 34,29%. Em Nova Iorque, perto das 18 horas, o Dow Jones estava perto da mínima, em baixa de 0,46% e o S&P 500 cedia 0,60%.
Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora, explica que a grande dúvida do mercado era sobre se essa alta de hoje precederia um ciclo e como seria esse processo. "O que não estava precificado era o tamanho e quantas vezes o juro subiria no governo Trump. Quando o Fed coloca abertamente três elevações para o ano, ele tomou para si que Trump vai mesmo fazer política fiscal expansionista para estimular a economia", comentou.
"Isso muda toda a dinâmica da curva de juros nos EUA e no mundo, fortalecendo o dólar, o que acaba sendo danoso para os emergentes", complementou. Com essa política monetária, a tendência é haver migração de fluxo externo, que poderia ajudar a financiar o crescimento do Brasil, para o mercado norte-americano. "O mercado aqui deve perder liquidez", afirmou.
Até a divulgação do comunicado do Fed, a bolsa operou majoritariamente no negativo, frequentando por vezes o campo de alta. No entanto, não houve forças para se estabilizar, dado o rol de informações mais negativo, a despeito da percepção de que o ajuste fiscal avança mesmo em meio ao caos político, após a aprovação da PEC do Teto no Senado e do lançamento do programa de recuperação fiscal dos Estados. No exterior, as commodities hoje estiveram em queda, assim como prevaleceu o sinal de baixa nas bolsas na Europa, enquanto em Wall Street os índices acionários hesitavam, até o desfecho da reunião do Fed. Além disso, o vencimento de Ibovespa futuro ajudou a adicionar volatilidade.
O empresário Marcelo Odebrecht confirmou em sua delação premiada o que já havia dito o ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, sobre o pagamento de R$ 10 milhões ao PMDB em 2014. Além disso, o assessor especial da Presidência da República José Yunes, amigo de Temer há 50 anos, pediu demissão do cargo. Ele foi acusado por Melo Filho de ter intermediado o recebimento de parte dos R$ 10 milhões pagos pela construtora.
Dentro da carteira do Ibovespa, a queda nos preços do petróleo e do minério de ferro manteve em baixa os papéis da Petrobras, da Vale e das siderúrgicas, respectivamente. Petrobras PN caiu 4,60% e Vale PNA recuou 2,19%. Gerdau PN teve baixa de 6,76%. O setor financeiro operou em alta durante boa parte da sessão, mas sucumbiu depois do Fed. Banco do Brasil ON recuou 2,43% e BM&FBovespa, -3,31%. Itaú Unibanco PN fechou com queda de 0,21%.
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