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Economia

- Publicada em 14 de Dezembro de 2016 às 10:42

Agropecuária é majoritária na economia de um quinto dos municípios, diz IBGE

Atividade respondeu por mais da metade da riqueza gerada por 1.135 dos 5.570 municípios em 2014

Atividade respondeu por mais da metade da riqueza gerada por 1.135 dos 5.570 municípios em 2014


VIRGINIA SILVEIRA/SANTA CASA/DIVULGAÇÃO/JC
Agência Estado
A agropecuária é majoritária na economia de mais de um quinto dos municípios brasileiros. A atividade respondeu por mais da metade da riqueza gerada por 1.135 dos 5.570 municípios em 2014, o equivalente a 20,4% deles, segundo o Produto Interno Bruto dos Municípios 2010-2014, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A agropecuária é majoritária na economia de mais de um quinto dos municípios brasileiros. A atividade respondeu por mais da metade da riqueza gerada por 1.135 dos 5.570 municípios em 2014, o equivalente a 20,4% deles, segundo o Produto Interno Bruto dos Municípios 2010-2014, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O dado exclui o peso da Administração, saúde e educação públicas e seguridade social da atividade econômica dos municípios em geral. No ano, 652 municípios (11,7%) respondiam por metade do valor adicionado da agropecuária no País. A maior participação foi de São Desidério, na Bahia, que teve participação de R$ 1,7 bilhão.
Já a indústria permaneceu bastante concentrada no Brasil, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Apenas 15 municípios brasileiros detinham cerca de 25% do valor adicionado bruto do setor. Ao mesmo tempo, 3.012 municípios respondiam por somente 1,0% do valor adicionado da indústria.
São Paulo (SP) manteve-se como o maior polo industrial do País, com 5,6% de toda a riqueza gerada pela atividade industrial, embora tenha perdido participação desde 2010 (quando detinha 6,4%).
A capital paulista também concentrou o maior valor adicionado dos serviços (excluindo a administração pública) em 2014, uma fatia de 15,1%, seguida por Rio de Janeiro (5,8%) e Brasília (3,1%). Em 2010, todos detinham participações maiores: 16,5%, 6,2% e 3,4%, respectivamente. O resultado mostra um movimento de desconcentração dessa atividade entre os mais ricos municípios do País.
Em 2014, 35 municípios (0,6%), entre eles 18 capitais, concentravam metade do valor adicionado dos serviços no Brasil, ao mesmo tempo em que 2.110 municípios (37,9%) respondiam por apenas 1,0% do setor.
No caso da atividade de administração, saúde e educação públicas e seguridade social, 2.298 municípios (41,3%) brasileiros tinham mais de um terço de sua economia dependente da atividade pública, a maior parte deles nas regiões Norte e Nordeste.
O IBGE ressalta que o valor adicionado é a contribuição ao Produto Interno Bruto dada pelas diversas atividades econômicas, obtida pela diferença entre o valor bruto da produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades.
No ano em que começou a atual crise econômica, a riqueza permanecia concentrada no País. Em 2014, sete municípios detinham cerca de 25% da economia brasileira, de com o IBGE.
Os maiores geradores de riqueza naquele ano foram: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus e Porto Alegre. Juntos, esses municípios representavam 14,3% da população brasileira. Campos dos Goytacazes, que figurava entre os sete mais ricos em 2013, caiu para a oitava posição em 2014.
Quando somados os 62 municípios brasileiros mais ricos em 2014, chegava-se à metade do PIB nacional. Ou seja, apenas 1% dos 5.570 municípios brasileiros geravam 50% da riqueza do País. Por outro lado, os 1.379 municípios mais pobres, cerca de 25% deles, responderam por 1,0% do PIB nacional. Nesta faixa, estavam 73,2% dos municípios do Piauí, 59,6% dos municípios da Paraíba, 51,8% dos municípios do Tocantins e 50,9% dos municípios do Rio Grande do Norte.
Os números mostram não só a concentração da geração interna da renda como também a difusão espacial na produção desta renda, ressaltou o IBGE. Em 2014, os 557 municípios com os maiores PIB geraram 97,3 vezes mais renda que os 3.342 menores.
Em 2014, o município de Presidente Kennedy, no Espírito Santo, voltou a registrar o maior PIB per capita do País: R$ 815.093,79. No mesmo ano, o PIB per capita brasileiro foi de R$ 28.498,21.
No segundo lugar do ranking de maior PIB per capita ficou Ilha Comprida, em São Paulo, com R$ 378.004,88. Em terceiro, Selvíria, em Minas Gerais, com R$ 282.412,61.
Os demais destaques foram: São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), com R$ 261.719,36; São João da Barra (RJ), R$ 258.723,38; Louveira (SP), com R$ 216.016,70; Ilhabela (SP), 214.314,27; Itapemirim (ES), R$ 214.282,23; Quissamã (RJ), R$ 205.560,24; e Triunfo (RS), R$ 184.668,72.
O IBGE informou que Presidente Kennedy (ES), Ilha Comprida (SP), São João da Barra (RJ), Ilhabela (SP), Itapemirim (ES) e Quissamã (RJ) eram municípios produtores de petróleo. Selvíria (MS) produzia eucalipto para as indústrias de celulose e sediava uma hidrelétrica.
São Gonçalo do Rio Abaixo (MG) possuía como principal atividade a extração de minério de ferro. Louveira (SP) concentrava centros de distribuição de grandes empresas, enquanto Triunfo (RS) era sede de um polo petroquímico. Os municípios tinham em comum uma baixa densidade demográfica, ressaltou o instituto.
O menor PIB per capita no ano foi de R$ 3.085,49, registrado pelo município Mansidão, na Bahia. A economia local é basicamente voltada para agricultura de subsistência, com cultivo de feijão, mandioca e milho. O sustento municipal vinha da transferência de recursos federais: a administração pública participou com 57% do valor adicionado bruto total.
Mais de 30% dos municípios dos Estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio
Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso apresentaram PIB per capita superior à média nacional, enquanto que nenhum município do Acre, Roraima, Amapá ou Alagoas alcançou esse valor.
Nas regiões Norte e Nordeste do País, o número de municípios com PIB per capita superior ao nacional não ultrapassou 6,7%.
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