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Economia

- Publicada em 12 de Dezembro de 2016 às 16:55

Juros curtos caem com apostas para Selic e longos sobem com incerteza política

Agência Estado
O aumento da incerteza política, em decorrência do vazamento de delação premiada de um ex-executivo da Odebrecht e seus desdobramentos, foi responsável nesta segunda-feira (12) pelo fechamento em alta dos juros de longo prazo. Já as taxas curtas terminaram em baixa, com o crescimento das apostas de que o Banco Central deve acelerar o ritmo de corte da Selic a partir de janeiro após indicações da autoridade monetária.
O aumento da incerteza política, em decorrência do vazamento de delação premiada de um ex-executivo da Odebrecht e seus desdobramentos, foi responsável nesta segunda-feira (12) pelo fechamento em alta dos juros de longo prazo. Já as taxas curtas terminaram em baixa, com o crescimento das apostas de que o Banco Central deve acelerar o ritmo de corte da Selic a partir de janeiro após indicações da autoridade monetária.
Essas apostas decorrem, segundo o estrategista-chefe da CA Indosuez Wealth, Vladimir Caramaschi, dos "sucessivos" sinais emitidos pelo BC. Em São Paulo, nesta segunda-feira, o presidente da autoridade monetária, Ilan Goldfajn, disse que a atual fraqueza da atividade econômica torna mais provável o processo de desinflação.
Também afirmou que a inflação corrente tem surpreendido favoravelmente. Segundo Caramaschi, "o mercado tem quase certeza que deve vir um corte de 50 (pontos-base) da Selic em janeiro". Um profissional calculou que as apostas de redução de 0,75 ponto porcentual esta tarde já estavam em 28%.
Já os juros de longo prazo, lembrou o estrategista da CA Indosuez Wealth, são mais sensíveis à questão fiscal. "No médio e longo prazos, o mercado ficou mais pessimista em relação à aprovação de reformas, em especial, da Previdência", pontuou. Para a terça-feira, é esperada a aprovação, em segundo turno no Senado, da PEC do Teto de gastos públicos. "A PEC deve passar", previu Caramaschi, acrescentando que diante da perspectiva de recesso e eleições para presidências no Congresso, só entre fevereiro e março o mercado terá noção do apoio político à reforma previdenciária.
Ao término da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2018 tinha taxa de 11,82%, ante 11,87% no ajuste de sexta-feira. A taxa do DI para janeiro de 2019 caía de 11,47% para 11,43%. O DI para janeiro de 2021 subia de 11,77% no ajuste de sexta-feira para 11,79%.
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