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Economia

- Publicada em 12 de Dezembro de 2016 às 10:51

Mercado reduz projeção para inflação e crescimento do PIB no relatório Focus

Agência Estado
Influenciados pela ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) e pelos índices de preços mais recentes, os economistas do mercado financeiro mudaram suas projeções para a inflação neste e no próximo ano. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (12) mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - em 2016 foi de 6,69% para 6,52%.
Influenciados pela ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) e pelos índices de preços mais recentes, os economistas do mercado financeiro mudaram suas projeções para a inflação neste e no próximo ano. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (12) mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - em 2016 foi de 6,69% para 6,52%.
Há um mês, a mediana estava em 6,84%. Já o índice para o ano que vem caiu de 4,93% para 4,90%. Há quatro semanas, apontava 4,93%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2016 e 2017 é de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos porcentuais para este ano e de 1,5 ponto porcentual para o próximo.
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para este ano caiu de 6,60% para 6,49%. Na prática, isso significa que estas casas enxergam uma inflação dentro da margem já em 2016. Para 2017, a estimativa foi de 4,76% para 4,55%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 6,83% e 4,81%.
Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,89% para 4,88% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,93%.
Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para dezembro caiu de 0,55% para 0,52%. Um mês antes, estava em 0,60%. No caso de janeiro, a previsão do Focus permaneceu em 0,62%, ante 0,63% de quatro semanas atrás.
Na última sexta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de novembro ficou em 0,18% - abaixo das expectativas do mercado e da taxa de 0,26% de outubro. O resultado reforçou a percepção de que o Copom, em sua reunião de janeiro, vai acelerar os cortes da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 13,75% ao ano.
O próprio BC, na terça-feira passada, dia 6, havia passado indicações neste sentido ao publicar a ata do encontro do fim de novembro do comitê. Na quarta-feira, foi a vez de o presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmar que um corte maior dos juros pode ser "o primeiro passo no ano que vem".

Retração do PIB em 2016 passa de 3,43% para 3,48%

O Relatório de Mercado Focus desta semana trouxe novas mudanças, para pior, nas projeções de atividade. As estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano passaram de retração de 3,43% para queda de 3,48%. Há um mês, a perspectiva era de recuo de 3,37%.
Há duas semanas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB no terceiro trimestre recuou 0,8% ante o segundo trimestre e cedeu 2,9% ante o terceiro trimestre do ano passado. Foi a sétima queda consecutiva do PIB brasileiro. Em uma reação aos números, muitos economistas citaram a perspectiva de que a economia brasileira volte a crescer apenas a partir de 2017.
Em suas comunicações mais recentes, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC destacou que o conjunto de indicadores divulgados sugere "atividade econômica aquém do esperado no curto prazo".
Para 2017, o Focus mostra que a percepção também piorou. O mercado prevê para o País um crescimento de 0,70% no próximo ano, abaixo do 0,80% projetado uma semana antes. Há um mês, a expectativa era de 1,13%. Em suas projeções, o Ministério da Fazenda trabalha com uma estimativa de crescimento de 1,0% para o próximo ano.
No relatório Focus desta segunda, as projeções para a produção industrial também indicaram um cenário difícil. A queda prevista para este ano passou de 6,50% para retração de 6,68%. Para 2017, a projeção de alta da produção industrial foi de 1,05% para 0,75%. Há um mês, as expectativas para a produção industrial estavam em recuo de 6,06% para 2016 e alta de 1,11% para 2017.
Há duas semanas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial em outubro caiu 1,1% ante setembro e desabou 7,3% em relação a outubro do ano passado.
Já a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para este ano permaneceu em 45,20% no Focus. Há um mês, estava em 45,42%. Para 2017, as expectativas no boletim Focus foram de 50,70% para 51,00%, ante projeção apontada um mês atrás de 50,10%.
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