Bolsas da Europa fecham majoritariamente em alta refletindo ainda BCE

As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira (9) com os investidores digerindo o anúncio do Banco Central Europeu (BCE) de estender seu programa de compra de títulos - embora com um ritmo reduzido de compras mensais de ativos. A exceção foi a bolsa de Milão, que recuou diante da crescente preocupação com o setor bancário.

A bblsa de Londres fechou em alta de 0,33%, aos 6.954,21 pontos; Paris subiu 0,60%, aos 4.764,07 pontos; Frankfurt avançou 0,22%, aos 11.203,63 pontos; Madri teve acréscimo de 0,26%, aos 9.169,60 pontos; Lisboa valorizou 0,24%, aos 4.638,07 pontos. Por outro lado, a Bolsa de Milão caiu 0,73%, aos 18.292,65 pontos.

Após subirem bastante na sessão anterior com o anúncio de estímulo adicional do BCE, as ações de bancos recuaram no pregão de hoje, pressionados pela preocupação com o setor financeiro na Itália.

Hoje, relatos de que o BCE rejeitou o pedido do Banca Monte dei Pachi di Siena por mais tempo para levantar capital, de acordo com informações de uma fonte, pesaram no mercado. O terceiro maior banco da Itália tinha pedido extensão do tempo para tentar concluir um aumento de capital de 5 bilhões de euros (US$ 5,31 bilhões) para 20 de janeiro para evitar forçar perdas de detentores de títulos, como previsto nas novas leis da União Europeia (UE). O prazo termina agora no final do ano.

As ações do Monte dei Paschi caíram 10%. Isso poderia exercer pressão sobre as autoridades italianas para resgatar o credor atingido. Em Frankfurt, o papel do Commerzbank caiu 1,14% e, em Londres, o Barclays recuou 2,47%.

Entre as empresas que se destacaram positivamente, as ações da Sky, negociadas em Londres, subiram mais de 26% depois que a rede de TV britânica foi abordada com uma possível oferta de aquisição da 21ª Century Fox, pelo valor estimado de US$ 23,23 bilhões.

Entre os indicadores do dia, a Alemanha teve superávit comercial de 20,5 bilhões de euros (US$ 21,8 bilhões) em outubro, menor que o superávit revisado a 21,1 bilhões de euros de setembro, segundo dados com ajustes sazonais publicados hoje pela agência de estatísticas do país, a Destatis. O resultado de outubro ficou um pouco abaixo da expectativa de economistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam superávit de 21 bilhões de euros.

Além disso, o Banco Central da Alemanha, ou Bundesbank, elevou hoje suas projeções de crescimento do país para este e o próximo ano, uma vez que as famílias continuam consumindo em meio a um mercado de trabalho forte e ao avanço na renda pessoal. Em relatório semestral, o BC alemão agora prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) da maior economia da Europa terá expansão de 1,8% tanto em 2016 quanto em 2017. Em junho, a projeção do Bundesbank era de crescimento de 1,6%.

No Reino Unido, o déficit comercial de bens do Reino Unido recuou de 13,8 bilhões de libras em setembro (dado revisado) para 9,7 bilhões de libras (US$ 12,2 bilhões) em outubro, segundo números oficiais divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas nesta sexta-feira. As exportações tiveram resultado recorde.