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Economia

- Publicada em 08 de Dezembro de 2016 às 20:08

Presidente da Argentina virá ao Brasil até março

Dificuldades para as obras foram contornadas, disse Susana a Temer

Dificuldades para as obras foram contornadas, disse Susana a Temer


MARCOS CORRÊA/PR/JC
O presidente da Argentina, Maurício Macri, deverá vir ao Brasil até março próximo, em data ainda a ser definida. A visita foi discutida nesta quinta-feira, na audiência que a chanceler da Argentina, Susana Malcorra, teve com o presidente Michel Temer.
O presidente da Argentina, Maurício Macri, deverá vir ao Brasil até março próximo, em data ainda a ser definida. A visita foi discutida nesta quinta-feira, na audiência que a chanceler da Argentina, Susana Malcorra, teve com o presidente Michel Temer.
No encontro, eles falaram da Hidrovia do Mercosul, um projeto de infraestrutura de grande interesse do Brasil, mas que, nos últimos anos, esteve paralisado por questões trabalhistas do lado argentino. Essas dificuldades foram contornadas, segundo a ministra, e agora o projeto deverá figurar entre os projetos prioritários de integração da infraestrutura na região.
Os dois falaram também sobre o funcionamento dos congressos em ambos os países. Temer disse à chanceler que está muito esperançoso na aprovação das medidas econômicas. Ele avaliou que o Congresso brasileiro está bem comprometido e que o governo conta com uma boa base parlamentar.
Susana esteve também no Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), onde se reuniu com o ministro Marcos Pereira. Na conversa, eles acertaram como meta fechar o acordo entre Mercosul e União Europeia em 2018. Isso deverá ser facilitado pelo fato de a Argentina assumir a presidência do Mercosul na próxima semana, encerrando um período de indefinição, quando o bloco foi presidido por uma comissão, por não reconhecer o comando da Venezuela. Em meados de 2017, a presidência passa para o Brasil. Assim, os dois países concordaram em estabelecer um programa comum de trabalho para avançar com as negociações nesse período.
"O acordo com a União Europeia é uma prioridade em comércio exterior para o Brasil. Devemos buscar consenso interno para quando formos à Comissão Europeia", defendeu o ministro Marcos Pereira, em nota divulgada por sua assessoria de imprensa. "Trabalhando mais em conjunto, montando uma equipe mais coordenada, teremos muito mais chance de ter êxito", avaliou Susana, segundo informação do ministério brasileiro. Os ministros também falaram sobre acelerar outros acordos comerciais do bloco, como os da Índia, o Canadá e a Associação de Livre Comércio da Europa (EFTA), formada por Islândia, Linchtenstein, Noruega e Suíça.
No encontro, a chanceler argentina pediu medidas de desburocratização no comércio. Os dois países assinaram uma declaração conjunta pela criação do Certificado de Origem Digital (COD). Implantado, ele permitirá a redução de custos e prazos para a emissão de certificados de origem.
A chanceler argentina disse que a expectativa dos países integrantes do Mercosul é que a Venezuela cumpra as exigências do bloco e volte a ser membro pleno. "Quando houver regras que ponham a Venezuela em pé de igualdade com outros países do Mercosul, ela voltará a ser membro de direito", afirmou, após encontro com o ministro das Relações Exteriores brasileiro, José Serra.
A ministra rebateu as críticas do governo venezuelano de que outros países como Brasil e Argentina também não cumprem todas as regras do Mercosul e disse que as normas evoluem com o tempo. "Cada vez assumimos mais compromissos. Todos temos que fazer maiores adequações, mas estamos falando de uma linha básica de cumprimento", afirmou.
De acordo com Serra, será formado um grupo dentro do Mercosul para chegar a um entendimento prévio em relação a pontos do acordo com a União Europeia (UE), que permitirá aos países sul-americanos negociarem com o bloco europeu com mais força. "Estamos negociando separadamente, não há uma negociação articulada", criticou. Susana disse que a ideia é fazer com que a agenda Mercosul-UE ande o mais rápido possível.
Os dois chanceleres também discutiram a redução de barreiras ao comércio dentro do bloco, principalmente as não tarifárias.
 
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