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Economia

- Publicada em 07 de Dezembro de 2016 às 20:21

Para que crescimento volte, primeira coisa é redução dos juros absurdos, diz Paulo Skaf

Estadão Conteúdo
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, criticou nesta quarta-feira (7), o conservadorismo do Banco Central (BC) na redução dos juros, um entrave, segundo ele, à reação da atividade econômica. Embora tenha evitado vincular a demora na recuperação econômica à instabilidade política, Skaf destacou que a crise na economia e no mercado de trabalho pode minar a força do governo em aprovar as reformas estruturais.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, criticou nesta quarta-feira (7), o conservadorismo do Banco Central (BC) na redução dos juros, um entrave, segundo ele, à reação da atividade econômica. Embora tenha evitado vincular a demora na recuperação econômica à instabilidade política, Skaf destacou que a crise na economia e no mercado de trabalho pode minar a força do governo em aprovar as reformas estruturais.
O presidente da Fiesp, entidade que apoiou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, falou com jornalistas após reunião com representantes de diversos setores da indústria cuja pauta, conforme Skaf, se centrou nas medidas necessárias à recuperação do crescimento econômico.
De acordo com o executivo, a leitura é que a primeira medida para dar viabilidade à retomada econômica é reduzir os "juros absurdos", seja a taxa básica (Selic), sejam os juros cobrados do consumidor.
Skaf classificou como "lamentável" a visão "totalmente errada" do Banco Central em manter os juros no patamar atual: 13,75%, após dois cortes seguidos de 0,25 ponto porcentual.
Também sugeriu que a política monetária mirasse o nível de emprego, a exemplo do que é observado pelo Federal Reserve, o banco central norte-americano. Se esse fosse um dos papéis do BC brasileiro, ele julgou que não se justificaria o argumento de que a política monetária precisa ser cautelosa por conta da inflação persistente.
"O Banco Central não pode atrapalhar o desenvolvimento do País e, neste momento, não há nada mais importante do que a queda dos juros. O Banco Central está errado e nós, como sociedade, vamos reagir a essa posição errada", afirmou.
Ele acrescentou que, enquanto o desemprego e o fechamento de empresas sobem, a inflação está caminhando para o centro da meta (4,5%), o que abre espaço à redução da Selic.
Também comentou que as reformas, a começar pela proposta de emenda constitucional que limita os gastos públicos, vão na direção correta. Skaf avaliou, contudo, que a economia está demorando mais para reagir do que se esperava, o que, somada à deterioração do mercado de trabalho, pode trazer dificuldade à aprovação das reformas. "Aí, a tempestade está formada. Você pode caminhar a um caos. Não vamos ficar de braços cruzados."
"O que está errado é a taxa de juros estar altíssima num momento em que, no mundo, os juros estão negativos", acrescentou.
Aliado de Michel Temer, Skaf evitou, no entanto, comentar o impacto da crise política sobre o andamento da agenda de medidas que visam à recuperação econômica. "Há quem diga que a aprovação das reformas dependa da reação da economia. Então, vamos cuidar da economia".
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